Potencial turístico do Cariri é debatido na Assembleia Legislativa
Turismo do Cariri atrai 2,5 milhões de visitantes por ano
Foto: Érika Fonseca - Alece
Robson Roque
21/10/25 15:11

O potencial turístico do Cariri foi tema de destaque em uma audiência pública promovida pela Comissão de Turismo e Serviços da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece). O evento reuniu representantes do poder público e do setor privado, para discutir estratégias e desafios do setor.

Representando a região, a coordenadora da Rota Turística do Cariri, Gláucia Melo, destacou que o território é “diversificado e rico em cultura, fé, natureza, paleontologia, história e arqueologia”. Segundo ela, as ações da rota se concentram em três eixos - fé, cultura e natureza - e abrangem os municípios do Crajubar, além de Nova Olinda, Santana do Cariri e Assaré, que juntos somam cerca de 650 mil habitantes.

A região recebe 2,5 milhões de turistas por ano, possui 3.400 leitos de hospedagem, nove geossítios reconhecidos pela Unesco e mais de 150 atrativos catalogados, embora muitos ainda careçam de estrutura. “Precisamos de mais atuação do poder público e incentivo da iniciativa privada”, pontuou Gláucia.

Entre os principais destinos, Gláucia citou Juazeiro do Norte, polo do turismo religioso; Crato, com o Geopark Araripe e a Expocrato; Barbalha, com a Festa do Pau da Bandeira; Nova Olinda, com a Casa Grande e Espedito Seleiro; Santana do Cariri, com o Museu de Paleontologia; e Assaré, terra de Patativa.

Segundo o Observatório de Turismo do Cariri, a maioria dos visitantes vem de outros municípios do Ceará e dos estados vizinhos. Eles permanecem entre 3 e 5 dias, gastam cerca de R$ 480 por dia e têm entre 30 e 55 anos. As principais motivações para o turismo na região são fé e religiosidade (45%), cultura e eventos (30%), natureza (15%) e negócios (10%).

Gláucia apontou como gargalos a falta de voos diretos e o alto custo das passagens. “É mais fácil ir para São Paulo ou para a Europa do que vir para o Cariri. Hoje, há passagens de até R$ 2 mil de Fortaleza para cá”, lamentou. Ela defendeu, ainda, ações de marketing, sinalização bilíngue e parcerias entre governos e iniciativa privada. “O Cariri é mais do que um destino: é uma experiência de fé, cultura e pertencimento. Unir esforços públicos e privados é essencial para transformar a rota em um modelo de turismo sustentável”, concluiu.

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