Uma operação da Polícia Federal deflagrada na manhça desta quinta-feira (22) indica um esquema de tráfico de fósseis gerenciado por empresários, atravessadores e servidores públicos. Duas pessoas foram presas na operação realizada em Nova Olinda, Santana do Cariri e Rio de Janeiro.
A Polícia Federal aponta um professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro como um dos chefes da organização criminosa que desviava os fósseis do Cariri. Segundo o delegado da PF, Alan Robson Alexandrino Ramos, que participou da operação, o professor subornava operários de pedreiras nas cidades carierienses para traficar os fósseis.
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (22), a Operação Santana Raptor. A ação é decorrente de investigação iniciada em 2017, que resultou no Inquérito Policial que apura esquema de tráfico de fósseis na Região da Chapada do Araripe, sul do estado do Ceará. Estão sendo cumpridos 19 Mandados de Busca e Apreensão, dos quais 17 são no Ceará, nos municípios de Santana do Cariri e Nova Olinda, e dois no Rio de Janeiro.
"É um professor de referência em pesquisa de fósseis. Ele financiava mensalmente os trabalhadores das pedreiras para que, em vez de comunicarem o achado de fósseis à Agência Nacional de Mineração (ANM), repassassem o material para ele comprar. O pagamento era feito por peça e não havia um valor específico", afirma o delegado.
O professor não chegou a ser preso e não foram encontradas peças de fósseis no endereço dele. Foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, 17 dos quais no Ceará e dois no Rio de Janeiro. O esquema e a investigação transcorrem desde 2017 e, na operação de hoje, foram encontrados materiais. "Estamos apurando se esse material encontrado no local é legal ou oriundo de contrabando", disse Alan Robson
