Jornal do Cariri
Pesquisadores da Urca descobrem nova espécie de Lagostim
Anúncio da descoberta foi feito nesta quinta (13). Foto: Divulgação
Samylla Alves
13/08/20 15:37

Pesquisadores da Universidade Regional do Cariri (URCA), do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens e paleontólogos do Museu Nacional do Rio de Janeiro (UFRJ), da Universidade do Contestado e da Universidade Federal do Espírito Santo descobriram um novo fóssil de lagostim da Antártida. A espécie Hoploparia echinatafoi encontrada em 2016, na Ilha James Ross, localizada na Península Antártica, em expedição realizada pelo projeto PALEOANTAR, financiado pelo Governo Federal.

Estima-se que o animal viveu no Período Cretáceo, durante o Campaniano, há cerca de 75 milhões de anos. O anúncio da descoberta foi feito nesta quinta-feira (13), durante uma coletiva de imprensa virtual. A equipe tinha cerca de 35 pessoas envolvidas, sendo que nesta situação, sete pesquisadores foram a campo, contando com o apoio de dois alpinistas.

O nome do fóssil é referente à característica espinhosa das pernas e terceiros maxilípedes. Essa estrutura espinhosa é uma das principais características de se difere das outras espécies da Hoploparia. A atribuição ao gênero se dá especialmente pela ornamentação da carapaça, que possui um padrão de sulcos, espinhos e carenas bem definidos.

Os pesquisadores acreditam que o animal, semelhante a outros lagostins, deveria cavar tocas e ser um predador de emboscadas, por causa de sua pinça. Essas pinças, grandes e fortes, podiam ser usadas inclusive para capturar peixes. Além disso, a pinça espalmada e ampla, facilitava a escavação de sua toca.

Para o diretor do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, Allysson Pinheiro, é um orgulho que pesquisadores de uma universidade interiorana estejam vinculados a uma pesquisa como essa. “A gente trabalha arduamente para fazer ciência de qualidade, quando a gente consegue um resultado expressivo como esse, estamos num fortalecimento da pesquisa. Também tem pesquisa de qualidade nas universidades do interior, o que às vezes falta é um poucos de apoio dos governos”, enfatizou Allysson.

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