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PDT reage a Camilo e proíbe voto fora do partido
Reunião em Barbalha deixou claro que o PDT iniciará uma reação no Cariri
Imagem: Divulgação
Jornal do Cariri
09/08/22 0:00

Os constantes avanços políticos do ex-governador e candidato ao Senado, Camilo Santana (PT), sobre as bases do PDT no Cariri têm preocupado a direção estadual do partido. Segundo informações de lideranças ligadas ao PDT, a reação deve começar pelo berço político de Camilo na região, o município de Barbalha.

O Município tem a maior resistência ao nome do candidato pedetista ao Governo, Roberto Cláudio. O prefeito Guilherme Saraiva foi o primeiro a anunciar desfiliação do PDT, após o rompimento com o PT no Ceará. A saída de Guilherme motivou um grande número de declarações de apoio ao candidato petista ao Abolição, Elmano Freitas, e a Camilo para o Senado.

Na quinta-feira (04), a direção municipal do PDT, seguindo orientação da direção estadual, se reuniu com filiados e vereadores para reorganizar o partido e pensar as campanhas do partido no Município. O presidente da sigla, Geraldo Sinésio, pediu apoio às candidaturas majoritárias e proporcionais defendidas pelo PDT, inclusive Amarílio Macedo (PSDB) ao Senado. Deixou clara a disputa contra Camilo.

Geraldo admite ser difícil impedir os votos em Camilo e Fernando Santana, candidato à reeleição de deputado estadual. O presidente não descarta a possibilidade de punição, suspensão ou expulsão para os casos de infidelidade. Ele se diz amparado no estatuto, mas observou que as decisões serão do Diretório Estadual.

Entre os aliados, a posição de orientar o voto, mesmo sem exercer uma pressão mais forte, é um sinal evidente do esvaziamento que o partido sofre. O vereador André Feitosa (PSB), da base Camilista no Município, garante que a maioria do PDT vai marchar com os candidatos de Camilo. Para ele, são poucas as lideranças que ficarão ao lado de Roberto Cláudio.

O vice-prefeito Vevé Siqueira (PT) disse que respeita a posição do PDT, mas que acredita numa grande migração do PDT em apoio à Camilo e Elmano. Vevé citou o exemplo do secretário de Desenvolvimento Social e Trabalho, Sandoval Barreto, que teria pedido desfiliação para aderir aos nomes do PT.

Vevé avalia, ainda, que lideranças como o ex-prefeito João Hilário e os vereadores Professor Ilânio e Hamilton Lira, ambos do PDT, também tendem a se articular na base de Camilo e votar, inclusive, em Elmano ao Governo. Ele lembra que toda essa base foi construída por Camilo e, por isso, é natural que ela siga o PT neste momento.

Geraldo não acredita em desfiliação em massa e avalia que o partido entra em uma fase de oxigenação. Segundo ele, a sigla era comandada por dois grupos liderados pelo prefeito Guilherme e pelo ex-prefeito João Hilário. Geraldo disse estar em conversa com Hilário e os vereadores para manter o grupo. Ex-prefeito e vereadores não se manifestaram oficialmente.

Durante a reunião, foi formada uma comissão para coordenar as campanhas de Roberto Cláudio governador, Amarílio Macedo senador e Ciro Gomes presidente. Nenhuma liderança ligada a João Hilario e aos vereadores Professor Ilânio e Hamilton Lira estão na coordenação.

Apesar da crise, Geraldo não acredita na divisão do grupo para sucessão de 2024 no Município e, por isso, não declarou oposição ao prefeito Guilherme. Avalia que a crise foi gerada por interesses pessoais, não divergência política. Apesar da posição, Geraldo entregou os cargos que indicou na gestão municipal.

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