Parlamentares se unem para manter oncologia pediátrica
Populares e representantes do poder público se uniram para que crianças e jovens com câncer tenham garantido atendimento no Cariri.
Joaquim Júnior
07/05/20 17:32

Na última semana, através das redes sociais, o Instituto de Apoio à Criança com Câncer (IACC) lamentou o fechamento da ala de oncologia pediátrica do Hospital Maternidade São Vicente de Paulo (HMSVP), em Barbalha, o que resultaria no envio dos pacientes para Fortaleza. Após isso, a repercussão resultou no engajamento de populares e de representantes do poder público, que se comprometeram em não deixar parar o serviço, que atende 45 municípios da região. Para evitar o fechamento da ala, políticos coma atuação no Cariri prometeram o repasse de recursos, via emendas parlamentares, que somam mais de R$1 milhão para reforma, continuidade do serviço e habilitação da ala.

Fátima Regina, membro da diretoria do IACC, disse que teve consciência do cancelamento dos serviços após receber um funcionário do Hospital. “Achamos, por bem, não permitir que isso acontecesse. Nós fizemos um texto de apelo, derramando nosso coração, nossa dor. Esse texto viralizou e chegou ao cenário político do Ceará”, conta, ao dizer que vários políticos mostraram interesse em contribuir com a causa.

Amílcar de Sá Barreto, assessor jurídico do Hospital, relata que até então os serviços de oncologia são custeados pelo Hospital. “A gente não teve condições de manter. A gente teve uma queda na receita, principalmente por conta da pandemia do coronavírus. Uma baixa na frequência hospitalar, baixa nas cirurgias etc. Então, o Hospital tomou essa decisão” – que será revista após repercutir e obter o apoio de parlamentares. “Estamos fazendo de tudo para manter o serviço em pé”, garantiu Amílcar, ao contar que há, atualmente, seis pacientes em tratamento no Hospital e por volta de 20 em Fortaleza. Com a estruturação, os pacientes retornariam ao São Vicente.

O deputado estadual Fernando Santana tomou conhecimento que a entidade possui habilitação para que o SUS envie recursos para a oncologia adulta, mas que, até hoje, a habilitação da oncopediatria não aconteceu. Soube, então, que cerca de R$ 400 mil dariam conta para construção da ala de pediatria e que, depois de construída e funcionando, a habilitação se concretizaria.

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