A empresa Urbanize Locações e Serviços, que mantém vínculos com quatro prefeituras do Cariri, foi alvo de uma operação por indícios de superfaturar contratos com a Prefeitura de Quixelô. Conforme as investigações conduzidas pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), a companhia teria movimentado mais de R$ 100 milhões desde 2020, sendo cerca de R$ 13 milhões apenas em 2025 e quase R$ 2 milhões com os municípios caririenses nos últimos meses.

A empresa possui vínculos com 17 prefeituras cearenses, dentre as quais, quatro no Cariri: com contratos que superam R$ 1 milhão em Penaforte, R$ 497 mil em Nova Olinda, R$ 329 mil em Lavras da Mangabeira e R$ 36 mil em Aurora. Os cinco maiores contratos são em Quiterianópolis (R$ 3,9 milhões), Aquiraz (R$ 3,6 milhões), Penaforte, Quixelô (R$ 858 mil) e Nova Olinda. 

Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos agentes públicos, empresários e empresas investigadas - nenhum deles em cidades do Cariri. Dois servidores foram presos e afastados das funções, enquanto o empresário que mantinha os contratos, considerado foragido, foi preso após se apresentar à Polícia Civil em Fortaleza. 

Documentos e equipamentos eletrônicos apreendidos serão analisados para subsidiar as investigações. Segundo o MPCE, além de superfaturamento, há suspeita de que os serviços contratados, como o aluguel de máquinas pesadas, não foram executados. Os suspeitos poderão ser acusados de crimes como peculato, falsidade ideológica e associação criminosa.