A região do Cariri tem atraído a atenção de multinacionais para a instalação de complexos de energia solar. A britânica Lightsource BP finaliza a construção de uma usina solar, com investimentos de R$ 800 milhões, entre as cidades de Abaiara e Milagres, gerando quase mil empregos. As operações devem começar no próximo ano, mas já contam com contratos para venda de energia solar.
Na semana passada, o Governo do Ceará anunciou outro investimento: a multinacional chinesa PowerChina investirá R$ 1,8 bilhão na construção de um parque solar em Mauriti. A empresa pretende iniciar as construções já esta semana, com previsão de conclusão em fevereiro de 2025. O complexo vai gerar 343 MW de potência, além de empregos diretos e indiretos desde o início das instalações.
Entre os benefícios das usinas solares estão a produção de energia totalmente renovável e limpa, a não emissão de gases poluentes e a redução dos custos com a conta de luz. Entretanto, órgãos como o Ministério Público do Ceará pretendem garantir que a transição energética no Cariri considere possíveis impactos socioambientais.
Conforme o Jornal do Cariri apurou, o promotor de Justiça Alcides Luiz Fonseca Lima de Sena, que atua em Mauriti, instaurou um procedimento administrativo “a fim de acompanhar a situação fática das pessoas que porventura residam na localidade onde o parque solar será instalado, bem como para aferir possíveis impactos ambientais que poderão ser causados na região”.