Jornal do Cariri
MPCE cria email para acolher denúncias da #Exposed
Hashtag trouxe à tona uma série de acusações de crimes sexuais no Ceará
#ExposedCariri ganhou repercussão no programa Encontro, da Rede Globo. Foto: Redes Sociais
Jaqueline Freitas
08/07/20 19:13

O Ministério Público do Ceará (MPCE) criou o e-mail [email protected] para que vítimas de crimes sexuais  façam o primeiro contato com a instituição. Os promotores têm encontrado dificuldades para investigar as denúncias do caso conhecido como “Exposed”, que trouxe à tona uma série de acusações de crimes sexuais, começando pelo Cariri. A hashtag ExposedCariri subiu no twitter no dia 3 de junho e ganhou espaço em outras regiões do Estado. Entretanto, segundo o MP, as vítimas estão resistindo a registrar denúncia junto ao órgão.

As denúncias levaram a investigação de assédios cometidos por professores de escolas e faculdades, públicas e privadas, contra estudantes cearenses. Por determinação do procurador-geral de Justiça Manuel Pinheiro, o MP montou força-tarefa para investigação. Além das promotorias de Justiça de várias comarcas, também atuam no caso o Núcleo de Investigação Criminal (NUINC), o Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (NUAVV) e o Centro de Apoio Operacional da Infância, Juventude e Educação (CAOPIJE).

Promotorias de Justiça de Fortaleza, Juazeiro do Norte, Iguatu e Sobral já abriram procedimentos para investigação. Desde o início de junho, o Ministério Público atua tanto na área criminal quanto cível, com o objetivo de identificar e denunciar os criminosos, responsabilizar gestores das instituições de ensino públicas e privadas, caso tenham sido negligentes na prevenção dos abusos, e reparar os possíveis danos coletivos das vítimas, por meio de ações civis públicas.

Os órgãos de execução e de investigação do MPCE estão trabalhando em parceria com a Polícia Civil e já oficiaram vários pedidos de informações dirigidos às escolas privadas e às secretarias de Educação dos municípios, com casos investigados, e à Secretaria da Educação do Estado. Em Fortaleza, já foram realizadas operações de busca e apreensão em residências, para colher mais elementos de prova.

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