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Mortes de mulheres mobilizam vereadores por segurança
Além de debates, uma lei foi aprovada e requerimentos foram enviados ao governo estadual
Foto: Josimar Segundo - Câmara de Juazeiro do Norte
Robson Roque
01/07/25 10:00

As câmaras municipais de Crato e Juazeiro do Norte se mobilizam após quatro casos de feminicídios ocorridos na região do Cariri, em uma semana. Além de debates, uma lei foi aprovada e requerimentos foram enviados ao governo estadual, para intensificar as ações de segurança. A temática também será debatida na Conferência Regional de Mulheres do Cariri, que reunirá representantes das 29 cidades no dia 14 de julho, em Crato.

Os quatro últimos feminicídios tiveram como vítimas mulheres com idades entre 26 e 44 anos, moradoras de Barbalha, Juazeiro do Norte e Várzea Alegre. Elas foram mortas por atuais ou ex-companheiros. No caso mais recente, um homem de 50 anos foi preso em flagrante, após atirar e matar a ex-companheira, de 44 anos.

A secretária municipal de Direitos Humanos do Crato, Zuleide Fernandes, levou o assunto para discussão na Câmara de Vereadores. “A cada seis minutos que estamos aqui, uma mulher sofre violência. A nossa região tem sido, lamentavelmente, depois de Fortaleza, a que tem a maior presença de violência. Crato, hoje, somos o terceiro município que mais atenta contra a mulher”, destacou.

Ainda segundo Zuleide, os dados são crescentes devido às ações de monitoramento e combate aos crimes contra mulheres. “O nosso município consegue fazer o fluxo de mapeamento e acompanhamento. Muitos municípios ainda não têm uma rede de combate à violência como nós temos”, justifica.  Na semana passada, foi sancionada uma lei que cria o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher Cratense.

O assunto também chegou à Câmara de Juazeiro do Norte, que registrou dois feminicídios nos últimos dias. “O Cariri já é uma vergonha nacional, de tanto sangue de mulheres derramado”, considerou a vereadora Jacqueline Gouveia (MDB).

O vereador Lukão (MDB) lamentou a onda recente de violência contra mulheres e cobrou ações do governo estadual. “Está aumentando cada vez mais, e isso me preocupa muito, porque era uma coisa para estar diminuindo, mas, infelizmente, está tendo um avanço muito grande. Precisamos lutar contra isso”, argumentou.

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