Jornal do Cariri
Médica caririense alerta sobre hepatites virais no brasil
Dra. Liz Marjorie destaca preocupação com a subnotificação
Foto: Divulgação
Robson Roque
05/09/23 16:00

Uma ameaça silenciosa ronda mais de meio milhão de brasileiros, alerta o Ministério da Saúde. As hepatites virais, notórias por sua falta de sintomas na fase inicial, afetam cerca de 520 mil pessoas no Brasil. A Hepatite B atinge ainda mais pessoas, com um número estimado de um milhão de portadores, dos quais 700 mil permanecem sem diagnóstico.

A médica Hepatologista Dra. Liz Marjorie destaca a preocupação que os dados números geram, especialmente devido à subnotificação. “As hepatites virais costumam ser doenças silenciosas, sem apresentar sintomas na sua fase inicial. Porém, em alguns anos, o quadro pode se agravar e evoluir para doenças graves, como cirrose ou até mesmo câncer hepático. O ideal é que os pacientes sejam diagnosticados antes dessas formas mais graves”, ressaltou a médica.

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Cariri soma 10% dos casos de hepatites virais no Ceará

Além do diagnóstico precoce, a Dra. Liz Marjorie enfatiza a importância dos testes para conter a disseminação da doença. “Quando o paciente é testado, além de contribuir para o tratamento da doença, quando positivo, ajuda também a interromper a cadeia de transmissão”, explica. 

Isto porque, conforme a médica detalha, a hepatite B, por exemplo, pode ser transmitida por meio de relação sexual, enquanto outras tipologias da doença através de agulhas contaminadas. “Logo, se o teste for positivo, é aconselhável que parceiros ou parceiras também façam o teste”, acrescenta.

A região do Cariri representa 10% do total de 4.095 casos de hepatites virais registrados no Ceará, entre os meses de janeiro de 2014 a maio de 2023. Foram confirmados 28 casos em nove cidades, nos últimos 17 meses, conforme boletim divulgado na semana passada. Juazeiro do Norte soma nove pacientes, em Araripe são cinco, Barbalha e Crato notificaram quatro casos em cada cidade, além de um registro em Antonina do Norte, Campos Sales, Farias Brito e Mauriti.

Para evitar a subnotificação, a médica enfatiza a necessidade de conscientizar a população sobre a importância da testagem. “A recomendação é que todas as pessoas com mais de 45 anos de idade façam o teste, gratuitamente, em qualquer posto de saúde e, em caso de resultado positivo, façam o tratamento que está disponível na rede pública de saúde”, concluiu a Dra. Liz Marjorie.

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