A menos de 100 dias para as eleições deste ano, agendadas para 6 de outubro, 21 dos 29 prefeitos caririenses poderão concorrer à reeleição, o equivalente a 72%. No Ceará, 126 gestores podem disputar um segundo mandato. As informações constam de um levantamento feito pelo Jornal do Cariri, na base de dados do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE). 

Contudo, prefeitos de oito cidades caririenses estão impedidos de concorrer, visto que encerrarão o segundo mandato no final de 2024. Cinco deles são filiados ao PT, que se tornou o maior partido da região, após o racha entre PT e PDT no Estado. São eles: Zé Ailton Brasil, do Crato; Afonso Tavares, de Abaiara; Dariomar Rodrigues, de Altaneira; Aniziário Costa, de Jardim; e Tertuliano Candido, de Tarrafas. Além deles, também não poderão concorrer à reeleição os prefeitos de Caririaçu, Porteiras e Várzea Alegre, respectivamente, Edmilson Leite (PSB), Fábio Pinheiro (PRD) e Zé Helder (MDB).

Até 1997, quando uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi aprovada, os prefeitos apenas desempenhavam um mandato. Desde então, já se passaram seis eleições municipais e cidades como Juazeiro do Norte nunca reelegeram um chefe do Poder Executivo. A crença popular é de que esta teria sido uma profecia do primeiro prefeito juazeirense, Padre Cícero Romão Batista, entre julho de 1911 ao final do ano seguinte. 

Outras quatro cidades cearenses estão na mesma condição: Baturité, Maranguape, Santana do Acaraú e São Luís do Curu. Enquanto isso, no Cariri, apenas em Crato, Brejo Santo e Granjeiro um prefeito cumpriu dois mandatos consecutivos.

Os partidos políticos poderão realizar, entre 20 de julho e 5 de agosto, convenções partidárias para definição de candidaturas e coligações. Depois disso, as agremiações têm até 15 de agosto para  registrar os nomes junto à Justiça Eleitoral.