O presidente Lula liderou a festa de aniversário dos 45 anos do PT, no sábado,22, no Rio de Janeiro. Do Ceará, foi uma comitiva com governador Elmano de Freitas, prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão, ministro Camilo Santana e o secretário da Casa Civil, Chagas Vieira. Lula fez questão de posar com todos. E não é para menos. Está em discussão em Brasília, uma ampla reforma ministerial. Dois dos principais homens fortes da administração Lula- Rui Costa e Fernando Haddad- estão em rota de colisão. O governo ficou pequeno demais para ambos. E quem cresceu nesse conflito: o ministro da Educação, Camilo Santana. Hoje, só há uma dúvida em Lula. Se ele disputa o quarto mandato ou se desiste e lança Camilo. Lula tem se comportado como candidato e sua principal bandeira tem sido o programa idealizado por Camilo, o Pé-de-Meia. À propósito, Lula falou nesta segunda-feira (24) à noite sobre o programa. Os supostos concorrentes de Camilo estão fora do páreo. Rui Costa se lançou ao Senado na Bahia, e se agarra a Lula, pois o Centrão e o próprio PT querem a sua saída da Casa Civil. Por sua vez, o ministro Fernando Haddad foi atropelado pela volta da carestia. O sonho prometido de picanha está comprometido, a ponto de até comer ovo ter ficado proibido, pelos altos preços. Assim, está definido: ou Lula ou Camilo em 2026. Por ora, Camilo tem que continuar trabalhando e se livrar principalmente do fogo amigo.

Cid Gomes e Camilo não falam mesma língua
O ministro Camilo Santana não é de arroubos. Contudo, é inegável a sua insatisfação com os passos políticos que o senador Cid Gomes vem adotando. Publicamente, o discurso de Cid é que não será candidato a nada no ano que vem. A prática de Cid é bem diferente. Na semana passada, almoçou com o senador Chiquinho Feitosa e se reuniu com o presidente regional do União Brasil, Capitão Wagner. No encontro com Chiquinho, Cid escutou e entendeu a lealdade do presidente estadual dos Republicanos, com o governador Elmano e o ministro Camilo. Já com Capitão, apesar de ambos negarem a reunião deles, o assunto foi uma união ampla que envolva o PSB de Cid, o Podemos, que também é controlado por Cid, com o PDT de Roberto Cláudio e seu irmão Ciro Gomes, e o União Brasil de Wagner. Cid tenta se reaproximar de Ciro. Não está fácil. Ciro se mantém calado e distante. Porém, Cid já retomou a relação com Roberto Cláudio, após o rompimento de 2022. Fica mais fácil fazer as pazes com Ciro. Nesse cenário de Cid Gomes, que inclui visitas a várias secretarias estaduais, é complicado para o Abolição e o PT acreditarem na aposentadoria eleitoral de Cid Gomes.

Fernando fortalece aliança com Cariri
Impressiona o desempenho do secretário de Recursos Hídricos(SRJ), Fernando Santana, nos seus primeiros dias desse novo cargo. Não é fácil nem simples gerenciar a área hídrica do Ceará. A secretaria SRH tem um dos maiores orçamentos do Estado, superior a R$ 1 bilhão. O secretário Fernando Santana foi hábil, ao assumir a função defendendo um diálogo com todos os servidores da pasta e uma relação de respeito com as empresas que prestam serviços. Com humildade, se informando dos projetos tão essenciais ao Ceará e ao Governo Elmano, Fernando Santana surpreende com a aprovação que vem obtendo internamente e na sociedade. O seu jeito de ouvir muito conquistou o funcionalismo, que o abraçou para executar as obras e fazer as entregas prometidas pelo governador Elmano ao povo cearense. Para auxiliá-lo nessa difícil tarefa de dirigir o setor hídrico cearense, o secretário Fernando Santana fez uma escolha que agradou ao governador Elmano e ao ministro Camilo. Nomeou o ex-prefeito do Crato , Zé Ailton Brasil, como secretário executivo da SRH. Será um auxiliar de confiança, e com experiência administrativa a colaborar na administração dessa pasta tão fundamental ao nosso Estado.

Felipe Vasques aposta nas redes sociais
No esforço de se viabilizar para a disputa de deputado federal, o presidente da Câmara de Juazeiro do Norte, Felipe Vasques (Agir), joga todo o seu esforço eleitoral nas boas ações de marketing nas suas redes sociais. Politicamente, Felipe tem se mantido neutro na guerra entre o prefeito Glêdson Bezerra e o Abolição. Se protege investido toda a sua ação parlamentar no discurso de moralizar a Câmara e melhorar a imagem dos vereadores. Transparência, segurança jurídica e relação pacífica com o Executivo estão entre as ações exitosas. No marketing, Felipe tem se espelhado no método João Dória, que o levou à Prefeitura e ao governo de São Paulo. Ir de ônibus urbano à sessão, doação de salário para instituições de caridade, estão entre as ações de impacto que têm chamado a atenção. Claro que a articulação política junto a outras lideranças da região também está entre as suas estratégias. Felipe consegue circular por todas as alas partidárias e avança na viabilização da candidatura. Sabedor, que a escolha do partido será determinante para o êxito ou o seu fracasso nas urnas.
 
Pedro Lobo se irrita com grupo de Guimarães
O suplente de deputado estadual, Pedro Lobo (PT), continua se articulando para voltar à Assembleia Legislativa (Alece) este ano, mas desta vez está apelando com deputados fora do PT. Pedro Lobo conversa com o presidente da Alece, Romeu Aldigueri, com quem mantém boa relação, pedindo uma nova oportunidade no Parlamento. Romeu escutou os apelos e tem dado alguma esperança a Pedro, de que vai ajudar na articulação junto ao PT. É fato, o desafio é grande. No PT, fora o 1º secretário De Assis Diniz, todos os deputados já tiraram licenças. De Assis está na mesa diretora e já disse que não tem como tirar licença. Durante a semana, Pedro Lobo foi a uma rádio no Crajubar e, mais uma vez, fez duras críticas à postura de De Assis e ao Campo Democrático, corrente liderada pelo deputado federal José Guimarães. Para Pedro Lobo, essa tendência, que era a sua, não tem compromisso para cumprir acordos. Inconformado, Pedro Lobo foi mais longe nas críticas ao grupo majoritário no PT cearense: acusou o assessor de Guimarães, o articulador político Igor Carlos, pela má condução política do deputado no Cariri. A verdade é que Pedro Lobo está inconformado, pois espera exercer novamente o mandato para disputar à reeleição .
 
Pressão faz Aloísio romper com Davi e Yury
O médico Aloísio Brasil não suportou a pressão da sua base, após revelação dos seus acordos para 2026. Aloísio estava abrindo mão da candidatura para deputado estadual para cumprir o que prometeu em 2024, quando tinha a certeza de ser prefeito do Crato. Cantou vitória antes da hora e se complicou para 2026. Aloísio tinha acordo para apoiar Davi França para estadual e Yury do Paredão para federal. Com a repercussão negativa da revelação, Aloísio admitiu que tem conversado com Davi e Yury, mas que não tem nada fechado com nenhum dos dois. Seu grupo não abre mão de uma candidatura a estadual e apoio a um nome da direita para federal. Entre cumprir os acordos ou manter a sua base, Aloísio promete que vai ouvir a sua base e negociar novos acordos com Samuel Araripe e Yury do Paredão Aloísio está ciente que não cumprir acordo é muito ruim para quem está apenas começando a vida pública. Daí, o desejo de costurar um entendimento que contemple os compromissos assumidos junto com sua carreira política.
 
Disse me disse…
O prefeito de Barbalha, Guilherme Saraiva (PT), avalia que governador Elmano tem feito o possível para contemplar todos os municípios do Cariri, sem distinção.

Esse comportamento ético e respeitoso com todos prefeitos, independente de posição política, provocou uma reação, garante Guilherme: Elmano tem ganhado a confiança e o respeito de todos.

 No Crato, o empresário e articulador político Roberto Brasil conversa com o presidente da Câmara de Juazeiro, Felipe Vasques.

Felipe pode fazer dobradinha com Roberto na campanha de 2026. Roberto articula filiação ao PSB, partido da base aliada ao PT no Ceará.

O prefeito de Barbalha, Guilherme Saraiva (PT), desistiu de lançar sua mulher, Catiane Saraiva, a estadual. Catiane era uma estratégia do PT para somar na legenda.

Guilherme vai mesmo votar nos nomes indicados pelo ministro Camilo Santana. Provavelmente, a dupla Fernando Santana e Zé Ailton Brasil.

Se o líder do MDB, Isnaldo Bulhões for nomeado ministro das Relações Institucionais, deputado Eunício Oliveira pode concorrer à liderança.

Desculpe a ignorância, por que o senador Cid Gomes se recusa a admitir que o ministro Camilo é a maior liderança política do Ceará?