Em março, 11 prefeituras do Cariri foram alertadas pelo Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE), por extrapolarem os limites de gastos com pessoal, especialmente com salários de servidores, prefeitos, vices e vereadores. Algumas gestões da região foram acionadas porque superaram os limites total (100%), prudencial (95%) ou de alerta (90%) de despesas com pessoal.

Entre os casos que mais chamam atenção estão os municípios de Jati e Jardim. Em Jati, os gastos com pessoal atingiram 56,62% da receita corrente líquida no último semestre. A prefeita Mônica Mariano (PT), reeleita em 2024, teve seu salário elevado de R$ 6,8 mil para R$ 15 mil — um aumento de 118%. Em Jardim, o índice chegou a 56,26%. O atual prefeito, Dr. Antonio Coutinho (PT), recebe R$ 16,4 mil, valor 23% superior ao salário do seu antecessor.

Os dados fazem parte de um levantamento realizado pelo DataJor Cariri (@ datajor.cariri), projeto de extensão da Universidade Federal do Cariri (UFCA). O professor Ivan Satuf, coordenador do projeto, explica que a iniciativa “tem como objetivo levar conhecimentos sobre a Lei de Acesso à InformaJati e Jardim extrapolaram limites de gastos, e foram alertados pelo TCE ção e os mecanismos de transparência pública para estudantes de Ensino Médio de escolas públicas de Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha”.

De acordo com o estudo, a média salarial dos prefeitos caririenses é de R$ 17 mil. Os maiores salários são pagos pelos municípios de Juazeiro do Norte, Crato e Farias Brito — todos acima do subsídio do governador do Estado, Elmano de Freitas (PT), que recebe R$ 21,7 mil. Já o menor salário é do prefeito de Santana do Cariri, Samuel Cidade (PT), com R$ 9 mil. Em seguida está Dr. Alboíno (PSB), de Porteiras, com R$ 10,9 mil, e Chico Clementino (MDB), de Granjeiro, com R$ 11,5 mil.