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Lapinhas mantêm viva tradição de homenagear nascimento de Jesus
Entre o Natal e o Dia de Reis, os grupos se apresentam com danças e músicas
Foto: Lapinha Menino Jesus
Joaquim Júnior
25/12/24 13:30

A tradição das lapinhas saúda o nascimento de Jesus, celebrado em 25 de dezembro. Em visita aos presépios, seja em igrejas ou em residências, as lapinhas, formadas em sua maioria por crianças e comandadas por mulheres, entoam cânticos que mantêm viva a tradição popular. Entre os grupos existentes no Cariri, está a Lapinha Menino Jesus, criada no ano de 1953 no bairro Salesianos, em Juazeiro do Norte.

Atualmente, Mestra Regina, que dança desde que tinha um ano de idade, está à frente do grupo. Ela conta que, após participar por 18 anos consecutivos do grupo, casou e se distanciou da tradição. Ao ver a dificuldade da então mestra da lapinha, conhecida como tia Tôta, em conseguir membros, e com medo da tradição cair no esquecimento, Mestra Regina voltou a dançar já adulta – dessa vez, levou consigo os filhos. Tempos antes do falecimento de tia Tôta, em novembro de 2024, Mestra Regina já fora convidada por ela para assumir o grupo e manter viva a missão de louvar o menino Jesus.

As danças e os cânticos característicos são apresentados a partir do Natal. À meia noite, a dança é na casa da mestra. A partir do dia 25, as visitas em igrejas e residência têm início. Neste ano, o grupo se apresenta nesta quarta (25), na Praça Dirceu Figueiredo (antiga Prefeitura), durante programação do Ciclo de Reis, em Juazeiro. Nas apresentações, a Lapinha Menino Jesus visita as igrejas que têm presépio, as casas das pastorinhas que dançam no grupo e, eventualmente, as casas de pessoas que convidem o grupo. “Essa é nossa forma de louvar o menino Jesus nos presépios espalhados na nossa cidade”, explica Mestra Regina.

“A lapinha é uma coisa linda, porque já vem de muitos e muitos anos. É um renascimento tanto do menino Jesus na nossa vida como na vida de todas as pessoas que acreditam no Natal, acreditam no nascimento do menino Jesus. O Natal, pra mim, é um recomeço de tudo. É a esperança que o menino Jesus vai nascer nas nossas vidas, nos dar a oportunidade de fazer diferente, de ter esperança, de ter fé e ter humanidade uns com os outros. Eu acredito muito no Natal, acredito muito no menino Jesus e, até o fim da minha vida, se Deus e o menino Jesus permitirem, seguirei louvando Ele. Tanto eu como as minhas filhas e os meus netos”, finaliza Mestra Regina, ao contar que o encerramento da Lapinha acontece com a queima das palhas, também na casa da mestra, no Dia de Reis, em 6 de janeiro.

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