Lagoinha do Belmonte perde volume de água e preocupa frequentadores no Crato
Trilha tradicional já não pode ser concluída por frequentadores
Foto: Paulo Henrique Rodrigues
Jornal do Cariri
31/12/25 12:00

A Lagoinha do Belmonte, um dos pontos naturais mais visitados da Chapada do Araripe, no município do Crato, apresenta sinais visíveis de redução do volume de água e tem preocupado frequentadores e trilheiros. Segundo relatos de visitantes, a represa, também conhecida como Açudinho ou Lago Gelado, perdeu pelo menos metade da capacidade hídrica, situação que já inviabiliza o acesso a uma das trilhas mais tradicionais da região.

Localizada na encosta da Chapada do Araripe, a Lagoinha sempre foi um dos principais atrativos naturais do sul do Ceará, especialmente nos fins de semana. O percurso, até o ponto principal, envolve cerca de três quilômetros de caminhada, quase todo realizado à sombra, em meio à mata nativa e cruzando pequenos córregos que integram o sistema hídrico local.

Frequentadores destacam que o grande diferencial da Lagoinha do Belmonte sempre foi o estado de preservação ambiental. A área permite contato direto com a mata úmida característica da Chapada do Araripe, uma formação vegetal rara no semiárido nordestino. Essa condição faz da região do Cariri um destaque ambiental no cenário nacional, funcionando como um verdadeiro oásis, em meio ao clima predominantemente seco da caatinga, bioma marcado pela perda das folhas das árvores durante longos períodos de estiagem.

Além da experiência de imersão na natureza, a trilha costumava ser concluída com um dos momentos mais aguardados pelos visitantes: o mergulho na água limpa e gelada da Lagoinha. Situada a mais de 600 metros de altitude, a represa sempre foi associada a uma melhor qualidade da água em comparação a outros pontos turísticos localizados em áreas mais baixas, como a Cascata do Crato e o Parque Estadual do Sítio Fundão.

Com a redução do volume de água, no entanto, o cenário tem mudado. A diminuição compromete não apenas o lazer e o turismo ecológico, mas também acende um alerta sobre a situação dos recursos hídricos na Chapada do Araripe, região fundamental para o equilíbrio ambiental do Cariri.

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