Influência das facções só cresce na política do Ceará
Política e Facções andando juntas em alguns municípios
Foto: Redes Sociais
Donizete Arruda
14/11/25 0:04

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Mota, adiou, sem data certa, a votação do projeto antifacção, depois de uma semana aloprada do relator do projeto de lei, o ex-secretário de Segurança de São Paulo e deputado Guilherme Derrite. Sem vivência legislativa, Derrite já apresentou quatro relatórios e só arrumou confusão. Com o Governo Lula, ao querer submeter a Polícia Federal aos caprichos dos governadores, impondo que só com aval deles, a PF poderia fazer operações, e com a oposição, ao se recusar a bancar o projeto de lei do deputado cearense Danilo Forte, de tipificar crimes das facções como terrorismo. Sem votação, venceu a guerra às organizações criminosas. A conta disso quem está pagando é Lula. Sua popularidade caiu, e sumiu seu favoritismo na corrida presidencial, tanto que Jair Bolsonaro convocou governador Tarcísio de Freitas para uma conversa em dezembro. Deve lançá-lo candidato ao Planalto. Essa decisão influencia diretamente a corrida eleitoral no Ceará. Ciro Gomes já fechou com Tarcísio a dobradinha. Tarcísio lá, Ciro cá. E o que assusta aos políticos: a pesquisa Quaest mostra que os eleitores brasileiros, incluindo cearenses, sonham com um candidato presidencial que mantenha distância de Lula e Bolsonaro. E a principal preocupação é a segurança pública. Tem razão a sociedade. As facções estão controlando tudo. Tanto que o Senado instalou uma CPI para investigar o crime organizado. Nessa investigação, o Ceará é um dos principais alvos. Sem medo das facções, Danilo Forte denunciou, na tribuna da Câmara, que a Polícia Federal tem provas de que as facções controlam 40 prefeitos. Tem deputado federal e estadual. Para comprovar a denúncia de Danilo, Capitão Wagner mostrou que a prefeita de Icó, Aurineide Amaro, e sua antecessora, Laís Nunes, compraram R$10 milhões em medicamentos na farmácia do chefe do CV no município, o Lau Neto. Não para por aí: em Morada Nova, o mesmo Wagner denúncia que a vereadora do PT, Gleide Rabelo, recebeu um pix do chefe da GDE, de R$100 mil em sua conta. E o candidato derrotado a prefeito, Marquinho da Ana, embolsou R$375 mil do mesmo traficante, Saul Sales, que está prazo. A política e as facções estão juntas e é difícil separá-las no Ceará, e também no Brasil.

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