Jornal do Cariri
Idosos representam quase 80% dos óbitos na região
Contágio de covid-19 é igual para todas as idades, mas agravamento da doença pode ser maior conforme idade avançada.
Covid-19 tende a se agravar em idosos. Foto: Divulgação
Robson Roque e Joaquim Júnior
04/08/20 8:00

Os idosos são o grupo mais vulnerável para doenças infecciosas como a covid-19. Essa realidade colocou pessoas com idade acima de 60 anos na faixa de risco desde que a pandemia do novo coronavírus se espalhou pelo mundo. Apesar de as possibilidades de contágio serem iguais para todas as faixas etárias, a doença tende a se agravar em idosos. Isto explica o porquê das pessoas acima de 60 anos representarem 78,44% dos óbitos em decorrência da covid-19 no Cariri. No universo de  19.418 pessoas infectadas no Cariri, 2.732 pessoas são idosas. Quanto aos óbitos, o principal grupo de risco contabiliza 302 das 385 mortes, segundo o IntegraSus, plataforma da Secretaria de Saúde do Ceará. Os dados foram atualizados na tarde desta segunda-feira (03) e podem ser diferentes das atualizações apresentadas pelos municípios.

De acordo com a médica Kellen Nobre, “as chances de contágio são as mesmas para todas as faixas etárias, mas o risco de agravamento da doença aumenta à medida que a idade do paciente avança”. Ela explica que a razão para a maior fragilidade entre as pessoas com idade acima de 60 anos “se deve às alterações sofridas pelo sistema imunológico, à medida que a pessoa envelhece”. Doenças como hipertensão arterial, diabetes, demências como o Alzheimer e carências nutricionais estão entre os fatores mais comuns de agravamento do quadro da covid-19.

Com as mudanças e novas restrições impostas, a saúde mental pode ser atingida negativamente e, para contribuir com ela, o psicólogo clínico Philipe Roberto destaca que é fundamental o estímulo à mente com atividades prazerosas. Como aponta, mesmo em casa é possível realizar diversas atividades com adaptações. Entre as principais recomendações, ele aponta: oferecer apoio emocional constante, mesmo que à distância; conversar sempre com os idosos; incentivar a prática de exercícios físicos leves; manter uma rotina de lazer, leitura e conversa por meio de mídias sociais e chamada de vídeo; investir em atividades que estimulem o raciocínio, como jogos de palavras-cruzadas, caça-palavras e quebra-cabeças. “O segredo é preencher o tempo ocioso e evitar que o dia seja gasto com apenas uma atividade, como ficar vendo TV”, enfatiza.

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