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Idosa é resgatada de trabalho análogo à escravidão no Crato após 37 anos sem salário
A vítima estava há quase três décadas sem contato com a família
Foto: Reprodução.
Regy Santos
10/08/25 18:15

Uma mulher de 61 anos foi resgatada por auditores fiscais do trabalho em uma casa na zona rural do Crato, no Cariri cearense, onde atuava como empregada doméstica em condições análogas à escravidão. Ela cumpria jornadas exaustivas, das 5h às 22h, todos os dias da semana, sem salário, férias, folgas ou qualquer outro direito trabalhista há 37 anos.

A vítima estava há quase três décadas sem contato com a família, não possuía quarto próprio e dormia no mesmo espaço que a empregadora. Suas atividades incluíam varrer, lavar roupas, cozinhar, cuidar de animais e ainda assistir outra idosa, das 17h às 8h, após o expediente de outra trabalhadora doméstica.

O resgate ocorreu em 15 de julho e foi divulgado recentemente pela Divisão para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae/CGFIT). A operação contou com apoio da Polícia Federal, do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Centro de Referência de Direitos Humanos do Crato.

O empregador foi notificado, mas não quitou as verbas rescisórias da vítima. O MPT informou que adotará as medidas necessárias para garantir o pagamento. Já a Auditoria Fiscal do Trabalho emitiu a guia do Seguro-Desemprego Especial do Trabalhador Resgatado, garantindo à idosa o recebimento de um salário-mínimo (R$ 1.518) nos próximos dois meses, período em que ela também continuará recebendo auxílio-doença previdenciário.

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