Jornal do Cariri
Grupo com 35 refugiados se instala em Juazeiro
Grupos vieram de Iguatu, Cajazeiras (PB) e de Mossoró (RN).
Foto: Reprodução
Luan Moura
12/10/21 16:53

A cidade de Juazeiro do Norte transformou-se, desde o último dia 27 de setembro, no lar provisório de três famílias refugiadas da Venezuela. O primeiro grupo, formado por dez pessoas, chegou à terra do Padre Cícero no dia 27, seguido de uma turma com 20, e a mais recente, com sete. Ao todo, hoje são 35 migrantes, dentre eles 19 crianças, que vieram de Iguatu, Cajazeiras (PB) e de Mossoró (RN). Ao observar os novos moradores, o Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) acionou o Centro de Referência Especial em Assistência Social (Creas), equipamento ligado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Trabalho (Sedest), para acompanhar a chegada e a permanência dos desabrigados.

De acordo com a coordenadora do Creas, Regina Elias, as primeiras ações da equipe, formada por assistentes sociais, educadores sociais, psicólogos e advogados, partiu para a abordagem dos grupos e coleta do maior número de informações sobre o grupo, a fim de garantir a integridade física e moral dos refugiados, pelo tempo que eles estiverem na cidade. Além dos órgãos de assistência às famílias, também foram acionadas as cozinhas comunitárias, para fornecer alimentação, e o Centro Pop, para que eles tivessem a higiene pessoal resguardada e no final do dia recebessem uma alimentação mais reforçada.

Outra preocupação dos órgãos assistenciais de Juazeiro, foi em relação a situação das 19 crianças, que acabam por ficar em situação de risco e vulnerabilidade. “Nós não poderíamos aceitar que as crianças fossem colocadas em situação de risco e vulnerabilidade, haja vista eles estão em situação de mendicância. Também foram orientados no que diz respeito à testagem rápida, bem como à vacinação para aqueles que não estivessem vacinados. Foi também orientado que o Município iria disponibilizar as vagas nas escolas, se fosse o caso deles passassem mais tempo aqui, além da possibilidade de empregos ou aluguel social”, explica. No entanto, as famílias não manifestaram interesse em ficar por muito tempo no Município, mas também não disseram quanto tempo ficariam.

 A expectativa é de que eles permaneçam enquanto tiverem arrecadando donativos para a manutenção e para o envio à Venezuela aos familiares que lá estão. O fluxo de migrantes no Brasil cresceu bastante desde 2017. De acordo com informações das Nações Unidas, o país é a quinta maior nação anfitriã desse público na América Latina, com cerca de 262,5 mil migrantes e refugiados. O estudo revela que fatores como acesso à informação, aos serviços de assistência social e trabalho ou emprego são os mais relevantes para proteção, visando reduzir o risco de o grupo cair nas malhas do tráfico de pessoas.

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