Acusado de isolamento político por adversários, o prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra, costura uma aliança entre partidos de direita, na tentativa de se reeleger em 2024. Prefeito do maior colégio eleitoral do Cariri, ele deve deixar o Podemos e se filiar ao Novo, caso o senador Cid Gomes se filie ao Podemos. Com a decisão, Glêdson seguirá o mesmo caminho do senador Eduardo Girão, de quem é aliado político. “Um cara simplesmente extraordinário, a quem eu tenho profunda gratidão pelo carinho e atenção que tem para com a nossa cidade”, disse Glêdson sobre o senador.

Donizete Arruda: Prefeito Glêdson deve abandonar Podemos e se filiar ao novo

Girão trocou o Podemos pelo Novo em fevereiro, tornando-se o primeiro senador na história do partido. No último sábado (25), o senador foi lançado pré-candidato a prefeito de Fortaleza. Presente no evento, Glêdson iniciou diálogos com líderes de Novo, União Brasil e PL. Entre eles, o deputado federal André Fernandes (PL) e o ex-deputado federal Capitão Wagner (União). 

Assim como Girão, André e Wagner são pré-candidatos à Prefeitura de Fortaleza, mas não descartam uma união. “Tivemos a definição do PL com André, União comigo e Novo com o Girão, isso não significa necessariamente que não possa ter um acordo depois que reduza esse número de candidatos”, considera Wagner. O objetivo, ressaltado por André Fernandes, é construir uma aliança “contra essa oligarquia do PT no Ceará”. O parlamentar ainda garantiu que irá “lutar para que estejam todos do mesmo lado, no mesmo palanque”.

Além de um palanque de direita em Juazeiro, Glêdson não quer dividir espaço no mesmo partido com o ex-prefeito Arnon Bezerra, que deve acompanhar Cid Gomes e se filiar ao Podemos.