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Fusão entre partidos favorece candidatura de Glêdson ao Abolição
PSDB, Podemos e Solidariedade discutem fusão
Foto: Reprodução do Facebook
Robson Roque
18/03/25 16:46

O prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra, será um dos principais beneficiados de uma eventual fusão entre o partido dele, o Podemos, com PSDB e Solidariedade. As articulações com esta finalidade estão em estágio avançado. Com a fusão, que não pode ser revertida, os partidos se tornam um só. A união é discutida devido à possibilidade das siglas não alcançarem a cláusula de barreira e, com isso, perderem verba pública e tempo de campanha em rádio e televisão. Os três estão entre 11 partidos brasileiros perto da linha de corte.

A reeleição de Glêdson no ano passado, feito inédito no maior colégio eleitoral do Cariri, é a principal credencial para ele concorrer ao cargo de governador do Ceará no próximo ano. Neste mês, Juazeiro atingiu os 200 mil eleitores exigidos e se tornou apto a ter o segundo turno em disputas eleitorais. Glêdson, que é vice-presidente estadual do Podemos, tem o prestígio da direção nacional do partido, de quem obteve o aval para se manter independente em períodos de eleições, embora a sigla integre a base aliada ao governador Elmano de Freitas (PT).

Ao afirmar que o Podemos “cresceu bastante nos últimos anos”, Glêdson analisa a possibilidade de fusão ou federação como vantajosa, além de ser uma tendência natural. “Porque o partido sai fortalecido, tem maiores oportunidades de ocupar posições estratégicas nos governos, no federal em especial, e, com isso, é natural que os nossos dirigentes tenham mais forças para poder ajudar os seus correligionários em suas bases, o que seria o caso de Juazeiro do Norte”, comenta.

Com a fusão, a nova sigla passaria a ter quase 30 deputados federais, o que ampliaria o tempo de campanha na mídia e garantiria recursos do fundo partidário. Além de Glêdson, o ex-prefeito de Aracati, Bismarck Maia, presidente estadual do Podemos, também tem o nome apreciado para concorrer a governador ou indicar outro nome.

Sobre uma eventual candidatura, Glêdson Bezerra repete que pretende encerrar o segundo mandato. “Quero exercer o cargo de prefeito pelos próximos quatro anos. Então, não faz parte do meu projeto, neste momento, concorrer a um cargo nas próximas eleições de 2026”, afirma.

No entanto, ele reconhece que a reeleição dele a prefeito de Juazeiro o credencia para, caso não queira se candidatar a outro cargo, ao menos ter força na tomada de decisão na escolha de quem vai concorrer a governador, deputados e senador. “Então, naturalmente, esse tipo de fusão, de força partidária, repercute na força da liderança, mas particularmente não faz parte do meu projeto nenhuma candidatura agora para 2026”, conclui Glêdson.

Cláusula de barreira
A nova legislação para o pleito de 2026 exige maior representação partidária na Câmara Federal. As agremiações devem ter, por exemplo, pelo menos 13 deputados federais. Estão em risco: PDT, que tem 17 deputados; PSB, com 15; Podemos, com 14; PSOL e PSDB, com 13, cada; Avante que tem 7 deputados; PRD, Solidariedade e Cidadania, com cinco parlamentares cada; Novo, com 4 deputados; e Rede, que tem apenas um. A manutenção de projetos político-ideológicos é um dos entraves cruciais para as fusões.

O PSDB já foi o maior entre os três partidos, já tendo eleito presidente da República e governadores do Ceará. Atualmente, no entanto, apenas a deputada Emília Pessoa exerce cargo a nível estadual ou federal. A sigla tucana é um dos seis partidos que conseguiram eleger prefeitos no Cariri em 2020, mas não repetiram o feito nas eleições do ano passado, ficando sem gestões municipais para governar.

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