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Filme produzido em Aurora retrata história de Mártir Francisca
História da Mártir Francisca, vítima de feminicídio, é imortalizada em longa-metragem
Foto: Divulgação
Joaquim Júnior
09/09/25 10:30

Francisca Augusto da Silva tinha apenas 16 anos quando foi assassinada pelo ex-noivo, no município de Aurora, no ano de 1958. Vítima de feminicídio, a jovem foi considerada mártir e ganhou devotos ao longo do tempo, que passaram a visitar a capelinha erguida pelo pai dela. Agora, 65 anos depois, a história é imortalizada em um longa-metragem: o filme “Uma voz chamada Francisca”, dirigido por Lamarck Dias e roteirizado por Vaniele Oliveira, tem exibições especiais nesta semana.

Como lembra o diretor, a primeira etapa para criação do filme que retrata a história da mártir Francisca foi o processo de pesquisa, debruçando-se sobre livros e no estudo do processo criminal. Seguido a isso, ocorreram conversas com a própria irmã da vítima que, à época das entrevistas, ainda era viva, além de conversa com populares e pessoas que vivenciaram o fato.

Posteriormente, houve diálogo com atores e produtores de Aurora para a viabilização do projeto, que foi possível graças ao apoio de entidades como a Fundação José Alves Magalhães, um edital a nível nacional, com repasse do município, além de apoio de outras pessoas. “De fato, fomos acolhidos por empresários, amigos, comerciantes, pelas pessoas próximas que entenderam a importância daquele projeto e resolveram fazer alguma doação financeira ou até mesmo em material de trabalho para que o processo pudesse continuar e acontecer”, explicou Lamarck.

Ao todo, mais de 70 pessoas foram envolvidas no projeto de “Uma voz chamada Francisca”, entre produção, elenco e apoio. O filme foi todo filmado em Aurora, no Sítio Tipi. De acordo com o produtor executivo, Bruno Monteiro, houve forte participação da comunidade no centro do processo criativo.

As exibições especiais foram marcadas para dois momentos: na segunda (8), na Praça Padre Cícero, em Aurora, às 19h; e no Orient Cinemas, no Cariri Shopping, em Juazeiro do Norte, às 17h30. O esperado é que o longa-metragem seja inscrito em festivais e inserido em streamings.

“Toda comunidade é convidada a participar, estar conosco, a estar recebendo sua fitinha da Mártir Francisca, nossa santa popular de Aurora e, de certa forma, fazendo uma reflexão do que aconteceu com Francisca, esse triste fato que é o feminicídio que acontece hoje com tantas mulheres Brasil afora”, convida o diretor, que acredita que o filme estará disponível já a partir do próximo ano.

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