Festival leva música do Cariri para o mundo
Evento acontece de forma virtual
Foto: Carlos Henrique e Ronaldo Ferreira
Joaquim Júnior
20/04/21 11:00

Até o próximo sábado (24), através das plataformas virtuais, acontece o Festival Juazeiro do Norte de Música do Nordeste. Esta é a segunda vez que o evento, criado há dois anos, é realizado. A programação engloba cinco oficinas, duas rodas de conversa e 13 atrações musicais. O conceito e a idealização são do Instituto Assum Preto de Arte, Cultura, Cidadania e Meio Ambiente, que este ano se une à Associação Cultural Junina Renascer para dar continuidade ao evento. A intenção do festival é apresentar a diversidade da produção musical do Cariri, por meio de ações formativas que acontecem através de oficinas, rodas de conversa e shows musicais.

Como acredita Ravena Monte, coordenadora de programação do festival de música, o fato dele acontecer em formato virtual contribui para o alcance a um público mais extenso. “Com o amplo alcance da internet, as bandas e grupos que se apresentarão no evento poderão ser vistas por pessoas no mundo todo, desde que possuam acesso à internet”, relata, ao lembrar que, graças ao ambiente virtual, o público pode revisitar as apresentações a qualquer momento. “Além de movimentar financeiramente a cadeia musical por meio de cachês, artistas podem se renovar e matar um pouco a saudade dos palcos”, enfatiza.

De acordo com a coordenadora, a programação do festival foi montada e pensada através de dois eixos. O primeiro é a difusão e fruição musical, com apresentação artística de dez bandas e três grupos de tradição popular, escolhidos por contribuições para a cultura local, nas categorias Alvorada Musical e Bendita Música. As bandas foram selecionadas através da Comissão de Curadoria, composta por Amélia Coelho, Beto Lemos e Gil Ramos, que possuem saber na área artística e musical. A equidade de gênero nos line-ups de festivais de música foi levada em consideração para que houvesse o equilíbrio com artistas mulheres. Já o Eixo 2 é ligado à formação musical e conta com oficinas e rodas de conversas. Entre outras ações desta semana, duas rodas de conversa discutirão “Sonoridades do Cariri - Do Pífano à Guitarra” e “Movimento Cabaçal - surgimento, influências, trajetória e legado”.

Anny Janysse, assistente de coordenação geral do festival, conta que as transmissões acontecem no canal a Ciranda Mídia, no YouTube. “Assim como cada um de nós teve que se reinventar nessa pandemia, por que não reinventar o festival, para entreter as pessoas nesse período tão desafiador de isolamento social?”, questiona, ao afirmar que a ideia é levar a alegria e as tradições dos grupos da música e da cultura popular para dentro das casas das pessoas. Desta forma, além de dar continuidade ao evento, dá oportunidades aos artistas que estão com atividades e apresentações reduzidas ou paradas. “O festival está lindo, foi pensado e programado com muito carinho para todos vocês e está cheio de novidades que contemplam a diversidade regional do Cariri. Sigam as redes do festival e confiram a programação completa. Venham e participem. Valorizem os artistas da cena caririense”, conclama.

O evento conta com apoio da Secretaria Estadual da Cultura do Ceará, com recursos provenientes da Lei Aldir Blanc (Lei Federal nº 14.017, de 29 de junho de 2020). Toda a programação musical e as rodas de conversa contarão com acessibilidade em Língua Brasileira de Sinais (Libras), cumprindo com o direito de ter uma cultura mais acessível para todos os públicos.

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