Festival homenageia legado do artista Sérvulo Esmeraldo
No Largo da RFFSA, fotografias de Gentil Barreira retratam obra de Sérvulo
Foto: Gentil Barreira
Joaquim Júnior
14/09/21 11:00

Nascido em Crato, Sérvulo Esmeraldo foi um dos grandes nomes que levou o Cariri para o mundo. Defensor da arte e dos artistas, ele teve papel transformador no desenvolvimento cultural além da região caririense. Para comemorar a obra e a vida dele, o Festival Sérvulo Esmeraldo 91, com o tema “O Crato no Mundo”, está sendo realizado até 30 de setembro. Na programação, estão previstas ações que incluem exposição ao ar livre e online, oficina de pop-up, residência educativa e webinários, que compõem o seminário “Sérvulo Esmeraldo: arte, ciência e novos horizontes”.

Na cidade natal do artista, 12 obras icônicas reproduzidas a partir de fotografias de Gentil Barreira, impressas em grande formato, levam a arte de Sérvulo aos visitantes que passarem pelo Largo da RFFSA. A proposta é que, tomando muros, fachadas e edificações, haja intervenção na paisagem urbana e impacto visual para atrair o olhar da população que vive, trabalha e visita o local. A exposição sobre o mestre da geometria pode ser conferida através do site do Cineteatro São Luiz, onde foi lançada virtualmente. Outras atividades, por sua vez, podem ser acompanhadas pelos perfis do Instituto Sérvulo Esmeraldo no YouTube e no Instagram.

“Digo sempre que Sérvulo Esmeraldo foi uma criança brincando, inventando, vendo o mundo como um laboratório e experimentando tudo o que tinha à vista”, cita Dodora Guimarães, fundadora do Instituto. “Ele costumava dizer que, quando saiu do Crato, saiu pronto para o mundo. Em São Paulo, em Paris, ele aprendeu técnicas. Mas, a linguagem, ele trouxe do Crato”, pontua. Dessa forma, Dodora destaca que “o FSE nasceu do desejo, dessa vontade do artista, de colaborar com a sua região, tocando nela o que é mais necessário no seu entendimento, que era a contemporaneidade”.

Junto a Marcus de Lontra Costra, Dodora é responsável pela curadoria do festival, que conta com colaboração do artista plástico e educador Paulo Portella Filho e é realizado com apoio de órgãos e entidades como a Secretaria da Cultura do Ceará (Secult) e Universidade Regional do Cariri (Urca). Como destaca Marcus Lontra, a arte e a ciência são irmãs. “Elas trabalham com a racionalidade e com o sensível. E Sérvulo Esmeraldo é um dos exemplos claros dessa ação que integra a racionalidade, a clareza, o método com a sensibilidade, a descoberta e a poesia. É, portanto, uma síntese perfeita entre arte e ciência”, afirma o crítico de Arte.

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