Festa da Colheita marca reta final do Projeto Paulo Freire
Município de Nova Olinda sediará o evento nesta quarta-feira (15)
Foto: Divulgação
Geneuza Muniz
15/12/21 10:00

O Projeto Paulo Freire está realizando encontros territoriais em alusão a reta final do programa, após seis anos de existência. O Governo do Ceará, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), promove a Festa da Colheita do Projeto Paulo Freire: colhendo saberes e partilhando boas práticas no semiárido cearense. No Cariri, o município de Nova Olinda sediará o evento nesta quarta-feira, 15 de dezembro. Na programação estão previstas cirandas, apresentações culturais, feiras e exposições de produtos da agricultura familiar.

O Projeto de Desenvolvimento Produtivo e de Capacidades – Projeto Paulo Freire é uma política pública do Governo do Estado do Ceará, por meio do Acordo de empréstimo com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), executado pela Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA). A iniciativa tem como propósito reduzir a pobreza rural e elevar o padrão de vida de agricultores de 31 municípios cearenses, através da inclusão social e econômica de forma sustentável.

No Cariri, os municípios inclusos são Altaneira, Antonina do Norte, Araripe, Assaré, Campos Sales, Nova Olinda, Potengi, Salitre, Santana do Cariri e Tarrafas. Para ser selecionado, o município precisa participar de uma seleção, cujo critério é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A triagem é feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE). Aqueles com os índices mais baixos são os beneficiários.

O público beneficiário são famílias de baixa renda, utilizando os critérios de pobreza e extrema pobreza. A coordenadora do projeto, Iris Tavares, destaca que “são cerca de 200 comunidades atendidas em todo Cariri. Nesse atendimento, temos uma parceria para garantir a assessoria técnica contínua. Os serviços são prestados pelo instituto Flor do Pequi e pela Cactos. No Cariri, temos o maior número de comunidades quilombolas atendidas dentro do projeto”. Íris também pontua que a iniciativa é a quarta mais bem avaliada em um portfólio global do FIDA, impactando diretamente na renda das famílias e reduzindo os índices de pobreza.

Ainda segundo Íris, que é historiadora e mestre em Políticas Públicas, os resultados alcançados foram “a implantação de 5.346 cisternas e 30 cisternas escolares, todas abastecidas pelas Estações Móveis de Tratamento de Água (ETA). São 2.723 sistemas de reuso de água, 1.759 biodigestores (transforma as fezes dos animais em gás) e 232 fogões ecoeficientes, que contribuem para a preservação do meio ambiente, da qualidade de vida, valorizam os saberes, a autonomia e o empoderamento das famílias. É uma experiência que promove a diversidade da agricultura familiar, com os quintais produtivos, que são os espelhos da segurança alimentar e nutricional no seio das comunidades do PPF.” O projeto amplia um dos direitos fundamentais da população, que é o acesso à água potável.

Ao longo dos últimos anos, o projeto, que contou com um investimento de R$ 80 milhões, atendeu em todo Estado cerca de 600 comunidades rurais, 23.766 famílias, totalizando 90.310 agricultores em 31 municípios, contribuindo para reduzir a pobreza e elevar o padrão de vida de agricultores familiares. O projeto chega ao fim, pois estava previsto para ser executado até junho de 2019, mas foi prorrogado por dois anos. Segundo a coordenadora existe a possibilidade de um novo contrato com o FIDA.

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