Vereadores que não se reelegeram assumirão secretarias, autarquias municipais e outros cargos públicos nas administrações que se iniciam no próximo dia 1º de janeiro em Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha. Nesta última cidade, o prefeito eleito e diplomado, Guilherme Saraiva (PDT), informou ao Jornal do Cariri que analisa se anuncia a equipe de secretários integralmente ou em parte. Sem revelar nomes, Guilherme confirmou que parlamentares que não se reelegeram em 15 de novembro ocuparão cargos na administração. Os parlamentares que encerram mandato este ano são: Daniel de Sá Barreto (PT), Carlito (Pros), Antonio Sampaio (PSDB), Marcus Alencar (PSDB), Moacir de Barros (PCdoB) e Wellton Vieira (PT). Eles integraram a base de oposição a Argemiro Sampaio e, se tivessem sido reeleitos, comporiam a base de sustentação à gestão de Guilherme nos próximos quatro anos.

Em Crato, o prefeito Zé Aílton Brasil (PT) já manteve diálogos com presidentes de 10 partidos que deram suporte à sua reeleição. O gestor promete mesclar critérios técnicos e políticos para a composição da equipe de governo e fazer poucas mudanças a partir do que chamou de mini reforma administrativa. “Os partidos fizeram parte da campanha eleitoral e deverão fazer parte, também, da gestão, para que a gente administre conjuntamente”, disse. O vereador Amadeu de Freitas (PT), que recebeu 535 votos, mas não se reelegeu, é um dos cotados para assumir a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Territorial. A denominação da pasta, inclusive, foi feita por Amadeu durante a reforma administrativa proposta por Zé Aílton no início do mandato, em 2017, com a redução de secretarias. Amadeu, entretanto, enfrenta resistência dentro do próprio partido, visto que o vereador Pedro Lobo (PT) quer indicar alguém de sua ala partidária para compor o secretariado.

Enquanto aguarda a posse, o prefeito Glêdson Bezerra (Podemos) anunciou o secretariado na quarta-feira (23). Entre seus quadros ele contará com o experiente vereador Tarso Magno, com quem dividiu cobranças ao prefeito Arnon Bezerra na Câmara Municipal, sobretudo nos dois últimos anos. A pasta era integrada à Secretaria de Finanças, um dos setores da gestão Arnon mais criticados por Glêdson e demais parlamentares. Encerrando o quarto mandato de vereador, e passando de parlamentar de oposição para de situação, Tarso Magno terá de lidar com cobranças da Câmara, sobretudo de vereadores com quem dividiu as sessões. Dois ex-vereadores também serão secretários da administração Glêdson Bezerra: Diogo Machado, de Meio Ambiente e Serviços Públicos, e Roberto Sampaio, de Agricultura e Abastecimento. No anúncio da posse, o prefeito eleito enfatizou ter desempenhado o primeiro mandato parlamentar ao lado dos indicados.