Entidades pedem maior segurança na Flona Araripe
Órgãos denunciam assaltos, passeios sem autorização e até extração irregular de madeira.
Foto Luis Carlos
Joaquim Júnior
22/09/20 21:00

Diante de visitas irregulares à Floresta Nacional do Araripe, em que já houve registros de violência e assaltos, extração irregular de madeira para comercialização e caças de animais silvestres, entidades se unem para pedir maior proteção ao local. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Crato e a Associação de Guias de Turismo do Cariri Cearense (AGTURC) solicitam, através de ofício, maior engajamento e fiscalização por parte de órgãos do meio ambiente e de segurança.

José Rodrigo Marques da Hora, conhecido como Zé da Hora, que é guia de Turismo e atual Presidente da Associação de Guias de Turismo do Cariri Cearense (AGTURC), conta que a orientação, por parte do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), é que ao menos um condutor acompanhe os grupos. “No plano de manejo da Floresta Nacional do Araripe, o acampamento é terminantemente proibido. Tanto o acampamento quanto a fogueira. Justamente pelo risco de incêndio florestal”, relata o guia.

Sobre os assaltos, ele conta que, se a visitação fosse monitorada, os riscos dessa incidência seriam menores ou não existiriam. No ano passado, por exemplo, ao menos três incidências de pessoas perdidas foram registradas. O advogado Luís Carlos, representante da Comissão de Apoio ao Terceiro Setor, da OAB, destaca a criação do projeto Domingo nas Trilhas como uma ação que ocupa a Floresta de forma sustentável. Por conta das recentes denúncias relatadas pelos visitantes e realidade na floresta, ele declara que é importante a solicitação feita em ofício, assim como dar apoio aos guias e condutores no tocante ao desenvolvimento dos projetos.

O 1º Tenente da Polícia Militar, Franklin Moraes, que responde pelo Subcomando do Batalhão da Polícia Militar Ambiental (2ª Cia), afirma que, atualmente, foram registradas algumas ocorrências de roubos em pontos como a Flona Araripe e o Sítio Fundão. “São feitas várias incursões, fiscalizações na referida região, através do policiamento deste Batalhão Ambiental. No entanto, convém esclarecer que, diuturnamente, as guarnições que estão de serviço fazem rondas constantes em toda a área da Floresta Nacional”, enfatiza.

Quanto à criação de um posto avançado, o Tenente menciona que seria importante para dar maior visibilidade ao policiamento ostensivo naquela área da floresta, bem como aumentaria substancialmente a segurança dos frequentadores. “Porém, para se efetivar essa iniciativa, teríamos que aumentar consideravelmente nosso efetivo, bem como um estudo mais detalhado sobre esse tema, além da autorização do Comando da Polícia Militar”, relata.

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