“Ou a Enel muda, ou se muda”. Este é o slogan adotado pelo deputado estadual Fernando Santana (PT) para enquadrar a gestão dos serviços de energia elétrica pela Enel no Ceará. Com Guilherme Landim (PDT) e Fernanda Pessoa (UB), ele protagoniza as discussões sobre o contrato para fornecimento de energia elétrica no Ceará. “A Enel tem, sim, prestado um serviço de péssima qualidade. Isso não é só diagnosticado por mim. Mas, principalmente, pela população cearense”, avalia. 

Na sexta-feira (25), ele foi convidado para uma reunião na sede da companhia, em Fortaleza, e apresentou as três principais queixas contra a Enel: má prestação de serviços, precariedade no contato com os consumidores e cobrança a provedores de energia elétrica pelo uso de postes para instalação de fios e cabos. 

No encontro, a direção da Enel comunicou a suspensão da cobrança. Fernando Santana, contudo, defende a extinção da exigência. “Defendemos que não haja cobrança, porque eles já pagam uma taxa que, em si, já é alta. Quando uma empresa paga uma taxa alta, quem vai pagar essa taxa somos nós, consumidores”, argumenta.

Em meio a pressões sofridas em Câmaras municipais e na Assembleia Legislativa, a Enel anunciou que dará entrada ao processo de venda das operações no Estado. Com a medida, a operadora encerrará as atividades nos 184 municípios cearenses, abrindo espaço para atuação de outra empresa. 

Sobre o assunto, Fernando Santana recomendou que a Alece acompanhe o processo de venda, com perspectiva de ocorrer entre 2023 e 2024. “Até lá, como o Ceará vai ficar com a prestação de serviços da empresa? Se já reclamamos da Enel, que tem um contrato até 2028 e está prestando um serviço de má qualidade, imagine se não entrarmos nesse debate, se ela for vendida ano que vem, como vamos ficar até lá? Como ficará a prestação de serviços pós-venda?”, encerrou Fernando.