Proposta de campanha do governador Elmano de Freitas (PT), a ampliação do tratamento contra o câncer deverá ser efetivada a partir do próximo ano. Após meses de negociações e impasses, a bancada cearense no Congresso Nacional fechou acordo para a destinação de R$ 180 milhões para a saúde. Deste montante, R$ 140 milhões terão uso exclusivo para operacionalização do Plano Estadual de Atenção à Oncologia.
Apresentada pela secretária de Saúde Tânia Mara, a iniciativa prevê ações e serviços de média e alta complexidade em todo o Estado, inclusive em todos os 29 municípios do Cariri. São previstos consultas, exames, cirurgias e outros tratamentos de pacientes com câncer, bem como medidas de prevenção e, sobretudo, reduzir a fila de espera.
Após impasses, na quinta-feira (7), o governo estadual obteve a garantia de que R$ 140 milhões serão destinados pela bancada cearense no Congresso Nacional, exclusivamente para o tratamento oncológico. Entre os destinadores de emendas, os deputados federais caririenses Eunício Oliveira (MDB), Idilvan Alencar (PDT) e Yury do Paredão, que se filiará ao MDB nesta quinta-feira (14).
O valor é R$ 18 milhões abaixo do que o governador havia solicitado: R$ 158 milhões, embora seja 47% maior do que os R$ 95 milhões que o governo tinha de garantia até a quarta-feira (6), prazo final para a definição. No dia seguinte, o acordo foi fechado após intensos debates entre os políticos, conforme informou o líder da bancada, Eduardo Bismarck (PDT).
Diretor de projetos dos hospital Santo Antônio e do Coração, em Barbalha, Egberto Santos participou de uma das reuniões da bancada cearense, no final de novembro. As unidades de saúde buscam políticos votados no Cariri, “para que eles se sensibilizem em relação à causa da saúde especializada” e, com isso, destinem emendas parlamentares.
Os dois hospitais receberam mais de R$ 3 milhões em recursos do tipo e aguardam novos repasses para estruturação de um centro cirúrgico. “Esperamos que outros parlamentares também tenham esse olhar sensível para a saúde de nossa região”, conclui Egberto.
