O Ceará ameaça ter dois turnos na corrida ao Abolição, nas eleições do ano que vem. O cenário que se desenha na sucessão do governador Elmano de Freitas aponta, hoje, para três candidatos a governador. O primeiro a se lançar na disputa, é o atual senador Eduardo Girão, do Novo, que na mesma data lançará o seu único candidato ao Senado: General Theóphilo, que já foi derrotado lá atrás para governador, num confronto com Camilo Santana.
O lançamento de Eduardo Girão ocorrerá no próximo dia 30 de novembro. A sua candidatura terá um efeito inesperado: a direita rachará nas eleições cearenses. O PL não apoiará nem o nome de Girão ao Governo do Ceará nem de Theóphilo ao Senado. O presidente estadual do PL cearense, deputado André Fernandes, está fechado numa aliança com o PSDB, avalizando a candidatura de Ciro Gomes a governador e do deputado Alcides Fernandes a senador. Não há espaço para um acordo com Eduardo Girão, pois ele decidiu não concorrer mais a um novo mandato ao Senado. Mesmo após o fracasso eleitoral do ano passado nas eleições para prefeito de Fortaleza, em 2024, resolveu ser, agora, candidato a governador. O seu partido ficará sozinho. Toda a direita e os partidos de centro ficarão ao lado de Ciro Gomes.
Se a direita rachou, a esquerda está fechada em torno da candidatura à reeleição do governador Elmano. A dúvida, em sua chapa, é a escolha dos dois senadores. Tem nomes demais querendo, e vai ter pretendente sobrando nessa briga. Ciente disso, Elmano adiará, para final de julho ou início de agosto, o anúncio de seus dois senadores. Até lá, cuidará de sua campanha contra Ciro Gomes e Eduardo Girão.