Representantes dos órgãos de defesa participaram de reunião no Crato para debater o Plano Municipal de Enfrentamento à Violência de Gênero. A proposta é discutir e trabalhar quatro eixos: saúde, educação, autonomia para empoderar as mulheres e combate à violência. Somente neste ano, mais de 40 casos de feminicídio foram registrados no Ceará.

Na reunião, Zuleide Queiroz, secretária de Direitos Humanos do Crato, destacou que a construção do plano é feita após uma lacuna de desmonte dessa política ao longo de quatro anos e que, agora, necessita ser criada nas três instâncias. "A gente agora vem para a retomada dessa política. Ela foi interrompida inclusive sem o aporte financeiro para a sua execução", explica.

A abertura da reunião foi iniciada com uma apresentação do Conselho Municipal de Defesa da Mulher Cratense. Verônica Carvalho, integrante do conselho, apresentou conquistas históricas de equipamentos voltados ao enfrentamento da violência, como o Juizado da Mulher, a Delegacia da Mulher e a Casa da Mulher do Ceará. "A violência contra a mulher é um ato de poder e como tal deve ser combatido com o empoderamento das vítimas", disse.

A coordenadora do Observatório da Violência e Direitos Humanos do Cariri, da Universidade Regional do Cariri (URCA), Grayce Alencar, disse haver uma necessidade de enfrentamento urgente no município do Crato, com planos, estratégias e possibilidades para que os números possam ser eliminados