Nesta segunda-feira (21), o município de Crato completa 257 anos e encerra a programação iniciada no decorrer dos últimos dias para celebrar o aniversário. O dia terá início com homenagens às vítimas da covid-19, em missa às 8h, além da aposição da placa do Bosque da Esperança, espaço destinado à memória das pessoas que faleceram devido a doença no município. Para encerrar o dia, às 17h, acontecerá a Live Solidária Forró Crato in Concert com Leonardo de Luna e Convidados (Ao Vivo).

De acordo com a gestão, toda a programação será restrita e sem público, apenas com as autoridades, em função da pandemia. A programação ainda inclui pronunciamento oficial do Prefeito Zé Ailton Brasil em cadeia de rádios e através das redes sociais, às 12 horas, e inaugurações, como a entrega oficial da Pavimentação de Acesso à Vila Pe. Cícero e Pavimentação Asfáltica do Bairro Santa Luzia ao Mirandão, às 16 horas.

História

Ao longo de seus 257 anos, Crato viveu diversos acontecimentos que ficaram marcados na História local, estadual e nacional. Foi em Crato que nasceu uma das figuras mais importantes do Nordeste, Padre Cícero, em 24 de março de 1844. Chamada de “Pérola do Cariri”, Crato foi, no século 18, ao lado de Fortaleza e Icó, o centro comercial mais importante do Ceará.

A cidade cratense registrou uma das poucas experiências socialistas do Brasil: o Caldeirão da Santa Cruz do Deserto, uma comunidade de camponeses destruída sob o pretexto de ser uma comunidade de fanáticos religiosos.

Em 1862, a cidade foi atingida por uma epidemia de cólera-morbo. Naquele ano, com uma população estimada em 20 mil habitantes, 1.100 pessoas morreram pela doença. Uma delas foi Joaquim Romão Batista, pai de Padre Cícero.

Na seca de 1932, a cidade teve um dos maiores campos que concentraram retirantes vindos de várias partes do Nordeste, reunindo cerca de 80 mil pessoas, entre cearenses, paraibanos e pernambucanos.