Os dirigentes dos clubes caririenses convivem com um desafio permanente: montar elenco enquanto apagam incêndios financeiros. Antes de pensar em competitividade, é preciso reduzir dívidas, buscar recursos e garantir a manutenção mínima ao longo das competições. No Crato, o presidente Aníbal Dantas já diminuiu parte do passivo e, agora, tenta viabilizar o time. Icasa, Guarani de Juazeiro, Barbalha e Cariri enfrentam cenário semelhante.

Virada financeira

A expectativa no Icasa para a próxima temporada passa, inevitavelmente, pela indenização que está prestes a receber da CBF. Dos R$ 84,3 milhões previstos, uma parte relevante será absorvida por honorários advocatícios e dívidas trabalhistas - ainda não mensuradas. Mesmo assim, o clube deve contar com recursos suficientes para reorganizar sua estrutura e redefinir rumos esportivos após anos de instabilidade.

Novos caminhos

O R4 não deve mais carregar sozinho o futebol feminino do Cariri. Pelo acordo com o Governo do Estado, os principais clubes da região assumiram o compromisso de criar suas próprias equipes. A medida tende a ampliar a base e aumentar o nível competitivo local, fortalecendo uma modalidade que ainda caminha de forma limitada.

Sonho distante

Livre no mercado, Raimundo Wagner surge como nome atraente após trabalhos consistentes. O custo, porém, distancia o treinador da maioria dos clubes caririenses que disputarão a Série B em 2026. Com exceção do Icasa, a realidade financeira impõe cautela. Ainda assim, no futebol regional, imaginar cenários segue sendo parte do jogo.

Dois lados

A Série B do Campeonato Cearense pode provocar sentimentos opostos no Cariri. Metade dos participantes é da região, o que abre espaço tanto para acessos quanto para quedas. No cenário ideal, dois clubes sobem. No pior, dois caem. Entre euforia e frustração, o equilíbrio será tão decisivo quanto a bola rolando.