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Conselho dos Geoparques Mundiais terá um caririense
Allysson Pinheiro é atual diretor do Museu de Paleontologia
Foto: Geopark Araripe
Joaquim Júnior
13/08/24 9:00

Em 2024, o Geopark Araripe completa 18 anos de história. Avaliado e reavaliado com o Selo Verde, ele envolve os municípios de Barbalha, Crato, Juazeiro do Norte, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri, apresentando área aproximada de 3.789 km² e rico registro geológico do período cretáceo. O território foi reconhecido pela Unesco como o primeiro Geoparque das Américas – e é diretamente dele que um caririense assumirá vaga no Conselho dos Geoparque Mundiais da Unesco: Allysson Pinheiro, diretor do Museu de Paleontologia Plácido Nuvens, de Santana do Cariri.

Como explica, a Unesco é o órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) que contempla programas e estratégias para promover a cultura, a educação e o desenvolvimento dos territórios. Junto à Unesco, Allysson deverá atuar em ações para avaliar, acompanhar e chancelar territórios que gostariam de receber o selo de Geoparque Mundial da Unesco. Atualmente, há 213 geoparques ao redor do mundo, presentes em 48 países de quase todos os continentes (com exceção da Antártida).

Sobre a candidatura da Chapada do Araripe a Patrimônio da Humanidade, o diretor explica que o tema cabe à outra estrutura e que ele estará vinculado à pertencente à dos geoparques mundiais. “Não tenho vínculo direto com a estrutura que recebe os territórios de patrimônio da humanidade, mas, quanto mais próximo à Unesco, mais a gente entende como funciona, conversa sobre os temas e consegue contribuir para a qualificação da proposta”, afirma, ao dizer que, apesar de não ter interferência direta, buscará entender um pouco mais do que se espera de um território dessa natureza para ajudar na elaboração da proposta.

Como avalia Allysson Pinheiro, a caminhada dos 18 anos do Geopark Araripe foi desafiadora, porém de muito sucesso. Como exemplo, cita que, em todas as avaliações, o território recebeu o Selo Verde. “Quer dizer que a gente está caminhando conforme as diretrizes do programa, conforme a Unesco espera de um território tão especial como o nosso para que se atinja o tão sonhado desenvolvimento sustentável”, pontua, ao dizer que ainda há grandes desafios a serem superados, como socioeconômicos, ambientais e de outras ordens.

O diretor lembra, ainda, do apoio da equipe e de inúmeros órgãos junto ao Geopark Araripe, como a Universidade Regional do Cariri (Urca), o Museu de Paleontologia, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), a Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) e o Governo do Estado.

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