Competição incentiva valorização do futebol feminino no Cariri
Mais de 60 mulheres estão competindo
Foto: Josimar Segundo
Robson Roque
17/08/21 16:00

A prática do futebol feminino está em ascensão no Cariri. O crescimento de equipes formadas somente por mulheres é um dos exemplos da evolução da modalidade na região. Uma delas, o time R4, é mantida por Ronaldo Angelim, ex-zagueiro que marcou o gol que deu o título de Campeão Brasileiro ao Flamengo, em 2009, encerrando jejum de 27 anos do rubro-negro.

Além disso, existem muitas mulheres atuando como árbitras, além das contratações de duas garotas do Cariri em equipes consagradas no futebol mundial: a cratense Duda, que joga pelo Flamengo, e a barbalhense Thaís Férrer, que atua profissionalmente na Coreia do Sul. Por outro lado, tal evolução é inversamente proporcional ao fomento à modalidade por parte de poderes públicos e da iniciativa privada.

Com isso em mente, o jornalista Toni Sousa idealizou a primeira edição da Copa Replay de Futebol Feminino, cujo nome faz alusão ao canal mantido por ele no YouTube (onde as partidas da copa estão disponíveis em vídeo) e criado para falar sobre o futebol. “Sempre pensei em mostrar a atuação da mulher dentro do futebol, seja como repórter, árbitra, jogadora, técnica, etc.”, conta.

Foto: Clodoaldo Amaro

Com esse objetivo, surgiram diversas ações, como uma homenagem a Eveliny Almeida, a primeira árbitra a comandar um jogo de futebol profissional no Cariri, na partida entre Guarani de Juazeiro e Trairiense, em 2009, no estádio Romeirão. “Quando comecei a destacar a mulher no canal, começaram a surgir várias mensagens de mulheres parabenizando por incentivar a mulher no futebol. Então, tive a ideia de fazermos uma competição de futebol feminino, já que comecei a ver que tinham várias equipes na região”, acrescenta.

A partir de então, a Copa Replay de Futebol Feminino passou a tomar corpo e a adesão, tanto de jogadoras como do poder público, contando com a parceria da Secretaria de Esportes de Barbalha para a realização da competição no município. O torneio reúne seis equipes e mais de 60 jogadoras desde o sábado (14) até 28 de agosto. “Espero que, com a divulgação, os olheiros possam ver a qualidade técnica que as meninas têm e que algumas delas possam ter oportunidade no futebol profissional. Elas podem até usar os jogos que ficam salvos no YouTube e fazer DVDs para divulgação do trabalho”, diz Toni.

A competição também foi pensada para provocar os poderes públicos do Cariri ao fomento da prática do futebol por mulheres. “Espero muito que as prefeituras, não apenas do Cariri, mas de outros locais, possam ver que, realmente, é uma situação muito presente. A mulher, hoje, está jogando futebol, temos árbitras, mas estão esperando oportunidades. Espero que o poder público se sensibilize para a importância de valorizar essa modalidade e que os municípios possam criar competições para termos o fortalecimento do futebol feminino no Cariri”, conclui Toni, acreditando que a Copa criada por ele é o início para o surgimento de novas competições, inclusive em outros esportes.

Na avaliação do prefeito de Barbalha, Guilherme Saraiva, foi motivo de honra para o município receber a competição no estádio Inaldão, principal palco de jogos esportivos na cidade. O gestor também destacou que o estádio passará, em breve, por uma reforma, e a importância de incentivar novas modalidades para o público barbalhense.

“A gente está diversificando as ações na área do esporte para várias modalidades, inclusive fazendo programas, incentivando o esporte de outras naturezas aqui no município”, afirma. Professora de Educação Física, a secretária de Educação de Juazeiro do Norte, Pergentina Jardim, comentou um dos jogos. “É sempre bom viver o esporte, o futebol feminino que, por sua propriedade, vem crescendo em todo o Brasil e na região do Cariri é muito importante que nós enfatizemos isso junto à comunidade esportiva”, considerou a secretária

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