O Coletivo Mulherio das Letras Ceará, a Margaridas Agência Cultural e Secretaria de Cultura do Estado do Ceará realizam, até o final do mês de dezembro, o Mapeamento das Mulheres Escritoras Cearenses. O objetivo, segundo o coletivo, é fomentar, incentivar, publicar e divulgar a escrita de autoria de escritoras, contribuindo para o fortalecimento da literatura cearense contemporânea de mulheres. Ao realizarem cadastro no Mapa Cultural, as informações servirão para nortear as políticas públicas relacionadas ao livro e à produção literária feminina.

Segundo o Mapa Cultural, a iniciativa de mapear as mulheres escritoras é voltada para uma construção coletiva de ações, pesquisas, divulgação e acervo da literatura cearense feminina. Conforme explica a escritora Patrícia Cacau, “esse mapa, na verdade, está acontecendo com um grito, e eu quero convidar a todas as mulheres que gritem dentro desse mapeamento. Nós ainda estamos invisíveis, e para sair da invisibilidade, é necessário que esse mapeamento tenha o maior êxito possível”, explica.

 “A minha geração, hoje, pode falar sobre essas produções, estar na universidade, estar no doutorado, mas as anteriores tiveram muitos momentos de silenciamento. O meu recado, o meu papel e a minha luta é que essas mulheres que ficam nas aldeias também possam ter acesso a essas políticas públicas”, fala a escritora indígena Rute Anacé.

Para lançar a campanha Mapeamento das Mulheres Escritoras Cearenses e promover a sensibilização para cadastro no Mapa Cultural do Ceará, uma live foi realizada nessa sexta-feira entre a Secretaria da Cultura do Ceará (Secult Ceará) e o coletivo Mulherio das Letras Ceará.