“Chantagem”, diz vereadora de Crato sobre vacinação de professores
Assinatura de declaração se comprometendo a voltar à sala de aula é alvo de críticas
Foto: Helene Santos - Governo do Ceará
Robson Roque
02/06/21 15:30

Os agradecimentos da vereadora Lourdes de Carlim (PT) ao Governo do Ceará, feitos em sessão da Câmara Municipal no dia 24 de maio, converteram-se em críticas uma semana depois. 

Na última segunda-feira (31) a parlamentar se queixou da maneira como os professores estão sendo vacinados no estado: os profissionais precisam assinar um termo por meio do qual se comprometem a retornar para a sala de aula.

Segundo a parlamentar, esta ação é uma falta de respeito, “que mais me parece uma chantagem documentada na qual todos nós, trabalhadores da educação, fomos submetidos. Não vi, em nenhuma outra classe de trabalhadores, tal condicionamento”, afirma a vereadora. 

Nesta quarta-feira (2), professores (as) também criticaram a iniciativa. Uma educadora incita os profissionais, em um vídeo que viralizou em redes sociais, a não aceitarem a condição. 

Contrapartida

Ontem (1º), a Comissão Intergestores Bipartite do Ceará decidiu manter a obrigatoriedade. A procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho no Ceará (MPT-CE), Mariana Férrer, disse ser necessário estabelecer uma data de retorno às aulas presenciais já que os professores tiveram a imunização antecipada. 

O procurador do Ministério Público Federal (MPF) Alessander Sales compreende que “o retorno às escolas e às universidades é a contrapartida desses profissionais à sociedade”. Sindicatos e políticos criticaram a medida.

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