Em celebração à memória natural e ancestral do Araripe, o Centro Cultural do Cariri recebe a exposição “Pedras do Araripe”. A iniciativa se dá através de parceria com o Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, a Universidade Regional do Cariri (Urca), o Geopark Araripe e o Museu da Imagem e do Som do Ceará. Com mais de 400 fósseis de diversos grupos, como insetos, plantas, aracnídeos, crustáceos, moluscos, peixes, tartarugas, sapos, crocodilos, além de exemplares de pterossauros e dinossauros, o material exposto leva o público a uma viagem no tempo.

Allysson Pinheiro, diretor do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, conta que a ideia da exposição nasceu como forma de levar ao povo do Brasil – em especial ao povo do Araripe, da região caririense – os patrimônios recuperados. Ele conta que, entre os fósseis selecionados, há peças extraordinárias do ponto de vista de preservação, peças emblemáticas e identitárias, como é o caso do Ubirajara jubatus e do Neoproscinetes penalvai, que foram repatriados, além de peças que mostram a complexidade do que é a Bacia do Araripe do ponto de vista paleontológico.

Como acredita o diretor, é muito importante que a população do Cariri, do Ceará e do Brasil entenda e aprecie os patrimônios. Allysson avalia que a exposição “Pedra do Araripe” é uma oportunidade única para que a população brasileira, cearense e caririense veja esses fósseis de perto e entenda como eles se formam e em qual o contexto estão presentes – tanto o contexto da história do planeta como o histórico-cultural da identidade caririense. “Então, especialmente para o Cariri, é muito importante essa exposição para aproximar ainda mais o povo do território dos seus patrimônios”, conclui.