Em 2025, o Ceará deve adotar uma nova estratégia para combater as arboviroses no estado: a Biofábrica de Wolbachia. O termo refere-se a bactéria que, ao interagir com o Aedes aegypti, impede a transmissão da dengue, zika e chikungunya, sendo assim os vetores chamados de “mosquitos do bem”. Apenas em Juazeiro do Norte, mais de 160 casos de dengue e 19 casos de chikungunya foram registrados em 2024, o que gera alerta para este novo ano.

A nova iniciativa para o combate das arboviroses faz parte das ações do Ministério da Saúde. A biofábrica do Ceará será construída no Distrito de Inovação em Saúde, no Eusébio, na região metropolitana de Fortaleza. Os mosquitos produzidos no estado serão distribuídos em 1.794 municípios nordestinos, com o impacto positivo para 55 milhões de pessoas. A iniciativa teve início ainda em 2015.

Ainda no Cariri, a vigilância em saúde de Juazeiro do Norte realizou no último mês mobilizações contra os vetores das arboviroses, com ações para alertar a população sobre a prevenção das doenças. Apenas em 2023, as 29 cidades da RMC somaram mais de 2.600 ocorrências de arboviroses, com casos graves de dengue.

Nara Hellen, diretora de Vigilância em Saúde de Juazeiro, reforça que o apoio da população é essencial no combate ao Aedes, especialmente com a chegada da quadra chuvosa. "Precisamos que a população faça a sua parte. Cuidar da residência e compartilhar informações são passos simples para combater o mosquito. Em apenas 10 minutos, é possível eliminar focos, verificando vasos de plantas, caixas d'água e recipientes que acumulem água", pontua.