Após conquistar a medalha de prata na etapa nacional, a equipe “Se um Feynman der match, não o Descartes”, do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), campus Juazeiro do Norte, terá um integrante no time que representará o Brasil no International Young Physicists’ Tournament (IYPT). Conhecida como a Copa do Mundo de Física, a competição está marcada para ocorrer no período de 7 a 14 de julho de 2021, em Kutaisi, na Geórgia. 

A estudante caririense Letícia Vieira, de 18 anos, será a representante do time caririense a integrar a equipe com mais cinco pessoas de diferentes lugares do país. Idealizada em 1979 por professores de Física da Faculdade de Moscou, a competição acontece anualmente e consiste na elaboração de 17 problemas pelo Comitê Internacional da Rússia. As equipes inscritas no projeto devem criar soluções inteligentes, teóricas e práticas, por meio de um processo investigativo para resolução de problemas nas áreas da Mecânica, da Fluidodinâmica e Termologia. Uma das invenções da equipe foi produzir um instrumento que medisse corrente elétrica através de temperatura.

O professor e orientador da equipe, Maurício Almeida, destaca como ocorre o desenvolvimento das soluções pelos estudantes. “Esses problemas, diferentemente das provas tradicionais que nós temos, são investigativos. Então, isso é o aluno pegar o problema, levar ao laboratório, fazer um experimento e depois procurar uma teoria que explique aquele experimento. Aí a gente vai confrontar os dados teóricos e práticos para saber se a teoria justifica aquele fenômeno”, explica o professor, que também fala sobre o sentimento de dever cumprido. “Pegar um aluno do Cariri e colocar numa seleção brasileira que vai representar o país em um mundial de Física, é algo incalculável. Sem falar que essas competições abrem um leque de possibilidades para esses alunos que participam”, completa. 

A estudante de Eletrotécnica, Letícia Vieira, que representará a equipe do IFCE no mundial, fala sobre a sensação de seguir na competição e relembra o processo de trabalho. “Me sinto muito realizada com esse resultado. É a prova de que todo trabalho duro que realizamos, desde 2019, valeram a pena. Os problemas que tivemos que resolver eram de uma dificuldade muito acima do nível do Ensino Médio. Porém, com muita pesquisa e trabalho em equipe, resolvemos com excelência e conseguimos essa conquista”, afirmou. Letícia compõe o time “Se um Feynman der match, não o Descartes” junto aos colegas Marcos Vinícius Olegário, Letícia Vieira, Emanuel Oliveira e Luiza Vieira.