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Cariri contribui para que Ceará lidere doação de córneas
HRC já realizou 17 captações de órgãos e tecidos neste ano
Foto: Arquivo/ HGF
Joaquim Júnior
17/09/24 8:30

O relatório do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) indica que o Ceará foi o primeiro estado do país em transplantes de córnea no primeiro semestre do ano – e o Cariri é uma das regiões que contribuem para o reconhecimento. No total de captações deste ano, que incluem órgãos como rins, córneas e fígado, por exemplo, foram realizadas, até 10 de setembro, 17 captações somente no Hospital Regional do Cariri (HRC). No ano passado, foram 36 em toda região caririense – do total, 26 foram no HRC. A cada captação, podem ser captados múltiplos órgãos.

Wagner Brito, enfermeiro da OPO Cariri, explica que a captação de órgãos é feita nos principais hospitais de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha: HRC, onde tem a sede da OPO; Hospital do Coração; Hospital Santo Antônio; Hospital São Vicente de Paulo; e Hospital São Camilo. “Os órgãos que captamos aqui, na região do Cariri, são fígado, rins, coração e córneas. Uma vez apenas fizemos a captação de pâncreas”, relata.

Para que esteja apto a realizar captações de órgãos e tecidos, o local necessita de suportes, como UTIs; equipamentos para manter o potencial doador de órgãos, como ventilador mecânico, monitorização etc; e um centro cirúrgico que tenha equipamentos suficientes para fazer a retirada de órgãos.

Segundo Wagner, o Cariri possui uma unidade do Banco de Olhos do Ceará, que realiza a captação das córneas para o transplante. Em seguida, é feito encaminhamento para o Banco de Olhos, em Fortaleza. Após ser processada, a córnea fica disponível para o transplante. Para que seja realizada a captação, é necessária a autorização da família, que é entrevistada após a confirmação da morte cerebral do paciente. “É importante ressaltar para a sociedade a importância de dizer que é doador de órgãos. Não precisa deixar em documento declarado”, explica, e completa: “Quem autoriza a doação são os familiares. Diga aos seus familiares que você é um doador de órgãos. Após você manifestar a intenção de doar em vida, no momento do falecimento a família tem o entendimento da doação e, com isso, eles autorizam, e o procedimento de seguir com a solidariedade, a generosidade e o amor ao próximo permanece”.

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