Quem ouve Felipe Rodri cantando, se encanta com a delicadeza que ele exprime, através da voz suave, os sentimentos que tem guardados em si. O jovem artista, que é natural de Juazeiro do Norte e foi descoberto no projeto Vocalize, festival de música local, acaba de lançar o single “É sobre ser cacto”. A música surgiu através da identificação dele com Juliette, participante do Big Brother Brasil 21. Além das raízes nordestinas em comum, o músico e a ex-BBB vêem na figura do cacto um símbolo de força e resistência.

“Essa música me marcou profundamente, me apresentou para milhares de pessoas e me faz sonhar cada vez mais alto”, conta Felipe, em referência à música ter sido apresentada, anteriormente, em vídeo que conta com a participação de Fernanda  Rodrigues. No perfil de Instagram do artista, a música já registrou mais de 450 mil visualizações. A escolha do cacto como tema se deu pela capacidade da planta, mesmo em clima árido e terrenos difíceis, florescer e impressionar com a sua beleza.

Como lembra Felipe, o gosto pela música sempre esteve presente, em especial com a Música Popular Brasileira (MPB), que despertou nele o interesse em conhecer mais sobre o meio artístico. Aos 16 anos, ele começou a gravar alguns áudios e enviar para amigos próximos. A primeira música foi “Garçom”, de Reginaldo  Rossi. “Meus amigos começaram a me incentivar a gravar novas versões, embora eu tivesse muito receio de expor para outras pessoas”, conta. Um ano depois, o interesse pela música aumentou após ganhar o primeiro violão. “Hoje, eu costumo dizer que a música se tornou um propósito de vida. Sinto, cada vez mais forte, o desejo de compartilhar com o mundo a minha arte, aquilo que pulsa em mim”, destaca o jovem, que é designer por formação na Universidade Federal do Cariri (UFCA) e ainda atua como fotógrafo.

A primeira música autoral de Felipe Rodri, intitulada “Meu bem”, foi apresentada no Vocalize, projeto que lhe proporcionou a entrada no mundo profissional da música. Desde então, ele se apresentou em alguns lugares do Cariri, se desenvolveu como artista e criou vínculos afetivos que afirma que levará para a vida. “Eu brinco muitas vezes com o termo ‘euquipe’: sou o cantor, compositor, designer, fotógrafo e produtor. Eu mesmo cuido de todas as etapas dos meus trabalhos”, brinca o artista, que tem um processo criativo fluido, em que as ideias surgem em momentos inesperados, no cotidiano.

Atualmente, as redes sociais têm sido a principal vitrine dos trabalhos de Felipe, que conta receber muitas mensagens de carinho –  algo que tem sido uma grande motivação para continuar criando novas versões. O sotaque caririense, junto ao conjunto da obra, tem rendido elogios e maior visibilidade ao cantor. Nas inspirações, a lista de referências é longa e inclui nomes como Silva, Alceu Valença, Elis Regina, Marisa Monte, Chico Buarque, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Anavitória, Rodrigo Alarcon, Liniker, entre outros.

O maior sonho de Felipe é poder viver da própria arte, daquilo que faz a alma ficar em paz. “Quero poder viajar o mundo levando o nome do meu Cariri, fazer parcerias com grandes músicos e me conectar com muitas outras pessoas. Eu tenho certeza que todo o esforço será recompensado, que todas as dificuldades farão minha trajetória ainda mais especial. Quero poder ajudar minha família, dar um conforto maior para minha mãe e viver novas experiências. Espero ler esta matéria em um futuro breve e poder dizer que tudo isso se concretizou”, finaliza Felipe.