Jornal do Cariri
Campanha conscientiza sobre Lúpus e fibromialgia
O médico mais indicado para tratar essas patologias é o reumatologista
Créditos: Freepik
GENEUZA MUNIZ
15/02/22 18:00

O “Fevereiro Roxo” é uma campanha voltada ao combate e conscientização da população sobre doenças autoimunes, dentre elas a fibromialgia e o lúpus. Uma doença autoimune é um mau funcionamento do sistema imunológico, levando o corpo a atacar os seus próprios tecidos. Essas patologias têm muitos estigmas e não tem cura. Geralmente, os portadores encontram dificuldades para receber o diagnóstico. Com tratamento adequado, é possível melhorar a qualidade de vida.
O Jornal do Cariri conversou com a Dra. Patrícia Macêdo, que é reumatologista e professora do curso de Medicina na Universidade Federal do Cariri (UFCA), e explica sobre os sintomas mais comuns do Lúpus. “São dores articulares, o famoso rash malar, que são lesões avermelhadas, geralmente nas bochechas, que piora muito no paciente com a exposição solar. A gente pode ter também algumas alterações respiratórias, como dor ou dificuldade para respirar, cansaço, febre baixa, perda de peso, alterações laboratoriais como plaquetas baixas, anemias e alterações renais”.
O exame básico para diagnóstico do Lúpus é o Fator Antinúcleo (Fan). A Dra. Patrícia esclarece que “o Fan positivo não é indicativo que a pessoa tem Lúpus. Ele ajuda no diagnóstico, mas também pode estar presente em várias doenças, inclusive em pessoas que não tem doença clínica nenhuma”. O médico mais indicado para tratar essas patologias é o reumatologista.
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, atualmente, cerca de cinco milhões de pessoas no mundo têm lúpus. Já a fibromialgia, que em sua maioria acomete mulheres com idade entre 30 e 50 anos (não sendo necessariamente uma regra), atinge 2,5% da população mundial.
A fibromialgia é uma alteração no sistema nervoso central, ou seja, o cérebro daquela pessoa tem algumas alterações funcionais e as pessoas são mais sensíveis a estímulos dolorosos. A reumatologista enfatiza que “não é só o marco da dor, existem outras alterações presentes, como cefaléia, diarréias crônica, constipação, dores musculares com pontos gatilhos, cervicalgia, dor na coluna lombar e dificuldades com o sono, tudo isso faz parte do que chamamos de síndrome da fibromialgia”.
A Guia de Turismo Déborah Dianey conta que sentia muitas dores e não entendia. “Ia em vários médicos e não tinha diagnóstico. Descobri através da observação e quando vi uma postagem, no Facebook, de alguém que possuía a doença. Fui em um reumatologista e recebi o diagnóstico de fibromialgia”. Há cinco anos, Déborah recebeu o diagnóstico e a partir de então passou a ser acompanhada por reumatologistas e fisioterapeutas. Sobre a forma como lida com a doença, ela coloca: "é algo que depende muito do nosso esforço diário, na alimentação, nos exercícios físicos, nos hábitos”.

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