O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), e o governador Elmano de Freitas (PT) quebraram o silêncio sobre a corrida eleitoral em Juazeiro do Norte. No sábado (13), os dois foram às redes sociais para declarar apoio à pré-candidatura do deputado estadual Fernando Santana (PT). Camilo e Elmano estavam em silêncio desde o lançamento oficial de Fernando, no dia 23 de março, durante Encontro Regional do PT.

Camilo lembrou as pré-candidaturas lançadas pelo PT, mas destacou Fernando, dizendo que, a partir de agora, seu papel é dialogar com as forças ligadas a base dos governos Elmano e Lula no Município. Camilo falou, ainda, em diálogo com a população para fazer um grande debate sobre o avanço de Juazeiro. Elmano disse da alegria de ver Fernando na disputa e assumiu que estará junto no debate para melhorar Juazeiro.

Fernando garantiu que fará a discussão com a base aliada - e com a população - para construir um projeto a ser apresentado no momento certo ao povo, com a aprovação de Camilo e Elmano. Sobre a disputa, Fernando disse que pretende fazer um debate de alto nível, com muito diálogo e apresentação de propostas.

Pré-candidatos

Procurados para falar sobre articulações e ações das pré-campanhas, os nomes na disputa de Juazeiro assumiram, na sua maioria, estarem desenvolvendo agendas junto à população e discussões em busca de apoios. Pré-candidato do MDB, base aliada do governo dos governos Elmano e Lula, o deputado estadual Davi de Raimundão não respondeu ao contato da reportagem.

O prefeito Glêdson Bezerra (Podemos), que disputa à reeleição, avaliou que a seis meses do dia da votação, é natural a construção de um grupo para a disputa. Ele disse ter oito partidos na sua base, liderados pelo Podemos. União Brasil, PDT, PSDB, Cidadania, PL, Novo e PP fazem parte da aliança. Nas recentes articulações, Glêdson disse que cinco partidos apresentarão 22 pré-candidatos a vereador cada, totalizando 110 nomes.

Apesar do aparente favoritismo do ex-secretário Diogo Machado (PDT) para compor a chapa como vice, o prefeito disse que a definição deve acontecer mais próximo do dia das convenções. Reconheceu que existem outros nomes que se colocam à disposição e, por isso, não pode fechar as portas para o diálogo.

Glêdson disse que o contato com a população é permanente e tem sido necessário para ouvir sobre problemas e sugestões. Ele destacou a relação com entidades e setores que vão do empreendedorismo a estudantes, e que tem se dedicado a fazer a gestão, e isso servirá de base para suas propostas para melhorar as políticas públicas.

O pré-candidato do Psol, Germano Lima, disse que o contato com a população é constante no partido, independentemente de eleição. Por ser ligado aos movimentos sociais, nunca trabalha pensando apenas em um pleito eleitoral. Germano apontou a luta por direitos e melhorias, como motivador dessa dinâmica. Apesar da discussão constante, ele admitiu que, em ano eleitoral, as ações se intensificam.

Sobre as articulações partidárias e alianças, Germano tem conversado com a Rede Sustentabilidade, partido com quem faz federação; e que tem aberto diálogo com os outros partidos da esquerda. Sobre a escolha do candidato a vice, o partido ainda não fez o debate. Para ele, ainda é preciso definir a participação do Psol no pleito, para depois discutir a vice.

Sued Carvalho, pré-candidata da Unidade Popular (UP), disse que o contato com a população é natural, pela UP ser um partido de “novo tipo”, que não aparece somente a cada pleito eleitoral. O partido faz panfletarem semanal sobre seu programa nas periferias.

Primeira mulher trans na pré-campanha em Juazeiro, Sued avalia como amistosa sua relação com os movimentos de mulheres e sindical, onde busca apoio. Para Sued, o partido tem incrementado as discussões nas redes sociais para ampliar o debate para o maior número de eleitores.