A pandemia de covid-19 afetou o segmento de bares e restaurantes em todo
o mundo. Após passarem cerca de seis meses com as atividades presenciais inativas, os estabelecimentos culinários do Cariri começam a se recuperar. Porém, por conta do aumento dos casos de covid-19 e de uma suposta segunda onda de contaminação, um novo decreto, que limita o funcionamento de bares e restaurantes, foi instaurado pelo Governo do Estado do Ceará, em uma das épocas mais importantes para o
setor.

Conforme o decreto especial de fim de ano, os estabelecimentos só poderão receber clientes até as 22 horas, com limitação de seis pessoas por mesa.
As comemorações da noite de ano novo são consideradas essenciais para
o segmento, no entanto, com o decreto, bares e restaurantes não esperam um réveillon com altas demandas. De acordo com Ricardo Ferreira da
Silva, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel)
no Cariri e proprietário de um estabelecimento de alimentação, tudo é feito
para que as normas exigidas sejam cumpridas. “A grande maioria dos restaurantes busca seguir as normas da vigilância sanitária”, afirmou o presidente da Abrasel, ao explicar que todos os protocolos, como o distanciamento entre mesas, quantidade de clientes reduzida e uso
de máscara e álcool em gel, estão sendo seguidos.

Os empresários contestam pelo fato do decreto ter sido instaurado depois do período eleitoral, quando houve desrespeito ao distanciamento social por várias coligações partidárias. “O grande problema é que os empresários do nosso setor não concordam com o comportamento político durante as eleições, em que foram feitas aglomerações em reuniões e carreatas, o comércio lotado, mas somente os restaurantes estão pagando a conta”,
explicou o membro da Abrasel Cariri, que por conta do horário de funcionamento reduzido, não conseguirá realizar comemorações de ano novo em seu restaurante, como era feito habitualmente.