Atleta de Santana leva o Cariri a evento de luta em Las Vegas
Viúva Negra vive expectativa de assinar com um dos maiores eventos de luta do mundo
Foto: Arquivo pessoal
Luan Moura
27/07/21 16:55

Maria Silva, a Viúva Negra, pode fazer história no esporte caririense e ser a primeira mulher da região a assinar com o Ultimate Fighting Championship (UFC), maior organização de MMA do mundo. Aos 25 anos, a atleta de MMA irá participar do Dana White’s Contender Series, uma competição conhecida mundialmente, por ser um reality show que é vitrine para novos talentos no mundo das lutas. O evento é realizado em Las Vegas e conta com a apresentação do Dana White, empresário que preside o UFC. O duelo está marcado para acontecer no dia 12 de outubro, contra a argentina Silvana Gomes, na categoria peso 52kg.

A competição é a oportunidade que Maria busca para realizar seus maiores sonhos: entrar no UFC e ajudar a família. São esses objetivos que a estimulam a se preparar incansavelmente para a disputa. “São de dois a três períodos por dia, em turnos diferentes, de segunda a sexta-feira. Treinos físicos, técnicos e psicológicos”, explica. A lutadora conta que iniciou no esporte com apenas 14 anos, na prática de Kung fu. “Inicialmente, foi como uma defesa pessoal, mas com o tempo, comecei a competir, onde ganhei bastantes títulos. Vi que precisava ver novos horizontes, onde conheci a equipe Dragon Kombat, grupo profissional que tem mix de artes marciais e tive oportunidade de ser campeã de Muay Thai, Kickboxing, Nogi (Jiu Jitsu sem kimono). A partir daí, fomos buscar o MMA, onde foi mais um grande salto na minha carreira”, relembra a lutadora, que coleciona uma série de títulos estaduais, como multicampeã em Sanda, Campeã no Kickboxing, o maior evento da América Latina, campeã no Muay Thai, no Nogi, no MMA e três cinturões, além de várias medalhas e troféus.

Com uma história de superação, vitórias e muito amor pelo que faz, a santanense ressalta a figura da mulher no esporte de luta, que até pouco tempo era considerado um tabu. “Hoje, já temos nosso espaço, cada dia mais mostrando nossa força e potencial. Temos, sim, que mostrar para nós mesmas, que temos nosso diferencial e há vários exemplos de super mulheres campeãs, que mostram como somos especiais em um mundo que parecia ser só de um gênero”, completa.

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