Aplicativo será usado no combate ao crime organizado
Aplicativo já está disponível para todos os policiais do Ceará
Foto: Reprodução TVM
Robson Roque
09/08/20 18:00

Pichações são utilizadas como mensagens para grupos de facções rivais, como forma de avisar quem tem o controle do crime organizado em determinada localidade. Para combater a estas investidas, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do Ceará usará inteligência artificial para mapear os territórios demarcados pelas organizações criminosas. Quando o policial deparar-se com alguma pichação, deverá registrá-la, em uma foto, por meio de um aplicativo desenvolvido pela Secretaria, em parceria com o Instituto Federal de Educação do Ceará. A foto será georreferenciada e enviada para a base de inteligência da segurança estadual. O objetivo é estabelecer padrões e comportamentos de integrantes de organizações criminosas no Estado.

“É um aplicativo móvel que já tinha várias funcionalidades, como pesquisas de antecedentes criminais e de pessoas, por meio de documentos, biometria e também reconhecimento facial. Agora, inserimos essa nova função, para que o policial na rua também se torne um agente da inteligência”, explica o titular da SSPDS, André Costa. “Com a utilização desse aplicativo, ele pode verificar locais onde há pichações feitas por organizações criminosas, tirar uma foto, que será georreferenciada pelo próprio aparelho. Depois disso, ele insere informações sobre qual grupo criminoso, bem como outros dados que ele julgue importante. Tudo isso alimentará uma base de inteligência da SSPDS, que é o nosso Big Data, o primeiro e único no País na área da segurança pública”, acrescenta Costa.

O aplicativo já está disponível para todos os policiais do Ceará e será utilizado principalmente em Fortaleza e região metropolitana, Caucaia, Sobral, Iguatu e Juazeiro do Norte. O comandante geral da Polícia Militar, coronel Alexandre Ávila, reforça que os exemplos mundiais de cidades inteligentes na área da segurança pública utilizaram métodos semelhantes para reverter cenários. “A nossa ideia é utilizar esse método para que possamos nos contrapor com mais força a esses grupos, e ter ainda mais capacidade de agir de forma pontual, qualificada e cirúrgica nessas situações”, diz.

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