Jornal do Cariri
Açude Olho d’Água tem prioridade máxima para recuperação
Classificação de prioridades é relativa à necessidade de investimentos na segurança dos açudes
Foto: Emídio Clebson Batista
Joaquim Júnior
05/09/23 11:00

Oito barragens da Bacia do Salgado, atualmente, estão sob a responsabilidade da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). De acordo com as inspeções realizadas no último ano e recentemente divulgadas, a barragem Olho d’Água, em Várzea Alegre, se enquadra como Prioridade Máxima para recuperação. As demais barragens, classificadas com prioridade média e mínima para recuperação, serão alvo de manutenções de rotina realizadas pelo Agir com apoio da Gerência Regional do Salgado.

De acordo com Tércio Tavares, diretor de Operações da Cogerh, está em andamento a solicitação de contratação de diagnóstico de segurança por equipe multidisciplinar de consultoria e projeto de recuperação da barragem Olho d’Água. Conforme presente no Relatório Anual de Segurança de Barragens 2022, a barragem Olho D’Água apresenta Prioridade Máxima, enquanto as barragens do Ubaldinho (Cedro) e do Tatajuba (Icó) representam Prioridade Média.

Como explica Tércio, o programa de inspeção contempla três eixos de atuação: monitoramento, gestão de riscos e manutenção. A Cogerh realiza o monitoramento continuado da segurança dessas estruturas através de Inspeções de Segurança Regulares (ISRs), com periodicidade semestral, segundo as exigências da Lei Federal nº 12.334/2010, que estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens. Além disso, nas barragens há atuação do Agente de Guarda e Inspeção do Reservatório, profissional responsável pelo monitoramento e manutenções de rotina. Ademais, para essas barragens estão sendo desenvolvidos os Planos de Segurança de Barragens conforme preconiza a Lei 12.334/2010.

“Dentro de uma política de gerenciamento de riscos, a Companhia estabelece um critério de priorização de barragens e descentralização das ações de manutenção, objetivando um programa de recuperação abrangente. No segundo semestre iniciamos as correções das anomalias de pequena e média magnitude, por meio das gerências regionais, enquanto que a Gerência de Segurança e Infraestrutura realiza uma inspeção diagnóstico em todas as barragens classificadas como prioridade máxima de intervenção, com produção do relatório técnico com identificação e recomendações para as anomalias identificadas na barragem”, explica.

Como exemplo, ele cita que, na bacia do Salgado, entre os meses de março e maio de 2021, a barragem São Domingos II passou por recuperação que contemplou limpeza, recomposição das erosões e do sistema superficial de drenagem, no talude de jusante.

“A Cogerh realiza sistematicamente, desde 2000, por meio de suas gerências regionais e sob supervisão da Gerência de Segurança e Infraestrutura (GESIN), inspeções regulares nas barragens sob seu monitoramento. As inspeções são realizadas através da aplicação de checklist, em dois ciclos, antes (janeiro e dezembro) e após a quadra chuvosas (junho e julho)”, afirma Tércio, ao citar que o checklist utilizado pela Companhia consta dos elementos estruturais e operacionais componentes da barragem e sintetiza as possíveis anomalias que poderão ser encontradas, em que se busca identificar e avaliar a ocorrência de anomalias que possam afetar as condições de segurança e de operação das barragens assim como também o seu estado de conservação.

Desta forma, o técnico de campo realiza inspeção visual das estruturas, observando as condições de desenvolvimento de vegetação no corpo da barragem, eficiência dos sistemas de drenagem, integridade do corpo do aterro, condição operacional do sangradouro e estruturas hidráulicas complementares, com o objetivo de pré-diagnosticar situações que possam resultar em incidentes e/ou acidentes com a estrutura do barramento.

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