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Camilo não entra no jogo dividido
Donizete Arruda
19/01/21 0:00

O governador Camilo Santana não se meteu na disputa política desnecessária entre o presidente Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria. Bolsonaro, com seu negacionismo, ficou sem vacina. A AstraZeneca/Oxford não tem data para chegar ao País, apesar do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, jurar que as duas milhões de dose chegam até sexta (22). Difícil é acreditar. Hoje, como declarou o presidente Bolsonaro, a vacina CoronaVac, a chinesinha produzida pelo Instituto Butantan e que por dez vezes foi motivo de críticas presidenciais, é a vacina do Brasil. Não há outra. A Anvisa vetou a Sputinik. A Saúde quis ganhar no grito com a Pfizer e a Moderna. Estamos a pé. Só temos mesmo, a vacina CoronaVac, idealizada por João Doria. E essa vacina está sendo aplicada aos cearenses. Camilo não aceitou fazer o jogo do Planalto. Criticar Doria, por ter começado por São Paulo a vacinação. Quer manter um diálogo aberto com Doria e o Butantan, pois sabe que hoje essa interlocução é fundamental para vacinar os cearenses.


Poucas doses e quatro municípios

O despreparo do Ministério da Saúde, em construir acordos internacionais para assegurar vacinas para o Brasil, fez com que o Ceará recebesse, nesta segunda (18), apenas 186.720 doses de CoranaVac. A previsão inicial era de 214 mil. Esse número será dividido por 2 e teremos 93.360 cearenses, entre profissionais de saúde e idosos acima de 75 imunizados com as duas doses. A primeira será dada até os próximos 30 dias e a outra aplicada com mais 30 dias. No Ceará, além de Fortaleza, são 20 municípios beneficiados. No Cariri, foram escolhidas quatro cidades: Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha e Brejo Santo. Os prefeitos Glêdson Bezerra, Zé Ailton Brasil e Guilherme Saraiva prepararam tudo. Não há tempo a perder. Já o governador Camilo continua correndo atrás de mais vacinas para imunizar todos os milhões de cearenses. E é bom ninguém esquecer: quem tomar a primeira dose da CoronaVac, não pode tomar a segunda dose de outra vacina.

Disputa por cargos derrete G15
 
A liderança do presidente Darlan Lobo está em xeque na Câmara de Juazeiro do Norte. O Grupo dos 15 vereadores, o G15,  está desmilinguindo. Depois de uma tentativa frustrada de arrancar empregos da Prefeitura, bancada por Darlan Lobo e vetada pelo prefeito Glêdson Bezerra, entrou água no navio do G15. O prefeito Glêdson Bezerra disse não a Darlan, detonando uma guerra entre os poderes Executivo e Legislativo. O efeito imediato do confronto: Darlan está levando a pior. Não entregou o que prometeu aos 14 vereadores que o elegeram e, agora, está sendo abandonado. Na Câmara, o grupo que era de 15, agora, não passa de 12, ou seja é G12. A debandada está começando pelos vereadores que gastaram menos na campanha e não prometeram empregos. A exposição da negociação para a sociedade e o medo de uma investigação do Ministério Público são os outros motivos apresentados para se distanciarem dessa briga por cargos.
 
Darlan parte para a agressão verbal
 
Surpreendido com a repercussão negativa da sua articulação contra o prefeito Glêdson Bezerra, o presidente Darlan Lobo partiu para a agressão verbal contra membros da imprensa. Darlan chamou o radialista Murilo Siqueira de velho e mentiroso e o acusou de, também, querer empregos. Tudo porque Murilo teria comentado algo sobre a liberação das senhas, que atrasaram por falta de assinaturas de vereadores, quando da posse do prefeito. Darlan justificou ter sido ele foi quem agilizou as assinaturas para não atrasar o processo. O áudio, que vazou para as redes sociais, acabou piorando a situação de Darlan, que está sendo aconselhado a ter calma e evitar expandir seus conflitos além do prefeito Gledson Bezerra. Darlan não se conforma com os comentários de que os vereadores de Juazeiro do Norte querem cargos. Não é verdade, eles querem é muito, muito mesmo, cargos.

MM  investigar vereadores do Crato
 
Um grupo de padres do Crato resolveu enfrentar os vereadores da cidade. Motivo: os vereadores aprovaram a transformação de uma área de proteção ambiental em área residencial. O projeto, de autoria do vereador Pedro Alagoano, votado no apagar das luzes de 2020, foi aprovado pelos vereadores e vetado pelo prefeito Zé Ailton Brasil. Ocorre, que vereadores estavam interessados nesse negócio e resolveram derrubar o veto, enfrentando o prefeito Zé Ailton Brasil e falando em alto e bom som: dane-se o Ministério Público do Crato. Revoltados com a decisão, os padres cratenses provocaram a Comissão de Meio Ambiente da OAB local, que acionou o Centro Operacional de Meio Ambiente e do Ministério Público (Caomace/MPCE), em Fortaleza, por meio de uma carta denúncia. Os promotores de Fortaleza devem auxiliar o Ministério Público no Crato, na abertura de investigação contra os vereadores que votaram a favor do projeto. Isso já está cheirando mal. A investigação quer saber se os vereadores receberam algum benefício não republicano para aprovar o projeto que agride o meio ambiente. Essa apuração terminará apontando fraudes. 
Pedro Bezerra tenta se equilibrar

Ciente das dificuldades que enfrentará em sua reeleição, o deputado federal Pedro Bezerra está convencido que precisa fazer política para garantir um novo mandato em 2022. Desse modo, durante a visita dos dois candidatos à presidência da Câmara Federal – Baleia Rossi e Artur Lira, Pedro Bezerra prestigiou aos eventos dos dois postulantes. Compareceu ao Abolição e tirou foto ao lado do governador Camilo Santana, de Cid Gomes e do próprio Baleia Rossi, na quarta-feira (13), e no dia seguinte, 14, estava no Comitê de Imprensa da Assembleia também tirando foto, agora ao lado do candidato do presidente Bolsonaro, Artur Lira. No seu discurso, nada de se comprometer. Defendeu a democracia do parlamento. E mostrou maturidade de não se complicar nem com os Ferreira Gomes, muito menos com o Planalto, e não desagradou nem a Baleia nem a Artur Lira. Só que Artur Lira disse abertamente que o voto de Pedro Bezerra é dele. Detalhe: o voto no dia 1° de fevereiro é secreto.

Dois lados de uma mesma moeda

O presidenciável Ciro Gomes é um ativo defensor do impeachment do presidente Bolsonaro nas redes sociais. O PDT também tem dado entrado sistematicamente com pedidos para expurgar Bolsonaro de sua cadeira. Todas as solicitações não proliferam e nem geram notícias nos jornais. A cada dia a credibilidade de Ciro Gomes é menor junto aos grandes empresários e, principalmente, aos partidos políticos que se sentam para decidir as eleições no Brasil. Para complicar ainda mais a vida de Ciro, seu irmão, o senador Cid Gomes e o PDT no Senado Federal resolveram apoiar publicamente a candidatura do senador Rodrigo Pacheco à sucessão do presidente Davi Alcolumbre. Detalhe, Rodrigo é o candidato apoiado abertamente pelo presidente Bolsonaro. Tradução: Cid faz campanha junto com o senador Flávio Bolsonaro, o 01, que é o principal cabo eleitoral de Rodrigo Pacheco.

Disse me disse...

 Presidente da Assembleia, deputado Fernando Bezerra, recepcionou, o candidato Artur Lira, na sede do Legislativo. Lá, foi o local escolhido por Artur para conceder entrevista coletiva aos jornalistas cearenses.

Com agenda marcada em Fortaleza, o prefeito de Juazeiro, Glêdson Bezerra, decidiu seguir para a capital de ônibus.
 
Glêdson teria decidido viajar de ônibus por não concordar em pagar mais de mil reais na passagem de avião. Disse respeitar o dinheiro público.
 
A oposição, liderada pelo presidente Darlan Lobo, acusa Glêdson de populismo e prepara críticas para a próxima viagem de avião.
 
Jovem e adepto das redes sociais, o ex-prefeito de Barbalha, Argemiro Sampaio, tem sido atacado por ter postado um vídeo de férias na praia.
 
Na postagem, Argemiro dança com a esposa em águas rasas da praia. Foi acusado estar gastando o dinheiro da Prefeitura.

Puro preconceito sem consistência política. Os vereadores da situação devem fazer denúncias com provas e sem fakes, para o bem da política de Barbalha.
 
Ainda em Barbalha, o presidente da Câmara, Odair Matos, promete devolver R$ 80 mil ao Poder Executivo. Tem sido chicoteado por essa medida.
 
 Foi inevitável a comparação com  a Câmara do Crato, que devolveu R$ 600 mil, e Juazeiro do Norte que chegou aos R$ 4 milhões.
 
A pergunta feita a Odair: por que não devolveu na gestão passada? Foi presidente por anos e nunca devolveu qualquer quantia.
 
No Crato, os dois vereadores petistas que ameaçavam rachar o partido, passaram a semana em silêncio. A dúvida: foram enquadrados.
 
Entre os militantes petistas, adversários do grupo liderado por Pedro Lobo, a decepção é grande. Eles geraram expectativa, mas já estão desanimados.   


Desculpe a ignorância, o senador Cid Gomes poderia explicar ao Cariri o voto no candidato do presidente Bolsonaro na disputa pela presidência do Senado Federal?

 

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