Nesta terça (26), é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, doença que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pode afetar cerca de 80 milhões de brasileiros até o final de 2020. De acordo com a oftalmologista Isabella Landim, o glaucoma atinge o nervo óptico e é a principal causa de cegueira irreversível no mundo. A doença “é provocada por um aumento da pressão intraocular, que leva a um dano irreversível nas fibras do nervo óptico, tendo consequência a perda do campo de visão, inicialmente na periferia, podendo atingir até a visão central, em casos mais avançados, com consequente cegueira”, explica.

Conforme explicou a especialista, dos diversos tipos de glaucoma, o mais comum é o de ângulo aberto, que não costuma provocar nenhum sintoma, além da perda lenta da visão - algo que pode ser percebido pelos pacientes somente quando a doença já estiver mais avançada .  “Algumas pessoas são mais suscetíveis a desenvolverem glaucoma, como aquelas que já têm algum parente acometido pela doença, ou diabetes, ou uso de corticoides, entre outros fatores”, completa Isabella. O tratamento, normalmente, é feito com colírios e hipotensores e, em alguns casos, pode ser necessária a realização de procedimentos a laser ou cirúrgicos.

O médico glaucomatólogo Alexis Galeno, que atua na capital, aponta que o principal exame para identificar o glaucoma é o exame de avaliação do nervo óptico, que capta informações do olho e os conduz ao cérebro. “Mas, para iniciarmos tudo, é preciso que seja medida a pressão do olho, já que está envolvida na fisiopatologia da doença. Outro ponto bastante importante no processo de identificação da doença é a avaliação do campo de visão. Realizando avaliações com frequência é possível também identificar até em que estágio se encontra o Glaucoma”, comenta. Para o diagnóstico precoce, o hábito de realizar consultas regulares é apontado como fator primordial.